Cotidiano

Amajari ganha distrito da Polícia Civil

Em quatro meses, a Polícia Civil irá implantar o novo distrito, que também deverá atender o Município de Uiramutã

O Município de Amajari, ao Norte do Estado, terá um distrito policial, depois de anos sob a jurisdição da Delegacia de Pacaraima, na fronteira com a Venezuela. O propósito é que o atendimento policial seja mais eficiente na cidade, que tem muitos visitantes no fim de semana devido ao potencial turístico. O objetivo é que Uiramutã, a Nordeste do Estado, seja assistido pelo distrito de Amajari, facilitando as diligências.

A expectativa é que no prazo de quatro meses a inauguração seja efetivada. Outras três cidades de Roraima também serão contempladas com a criação de distritos e delegacias. Dentre os 15 municípios que compõem o Estado de Roraima, somente quatro não têm a cobertura de policiais civis: Caroebe (Sudeste), São Luiz do Anauá (Sul), Uiramutã e Amajari. De acordo com a delegada-geral da Polícia Civil, Haydée Magalhães, o objetivo é implantar ainda este ano o distrito em Amajari e, após a realização de concurso público, nos demais municípios.

“Hoje a Delegacia de Pacaraima atende ao Amajari e Uiramutã, porém de forma muito precária. O Amajari é distante de Pacaraima e de Boa Vista, mas, pela política de gestão da Polícia Civil, está inserido no Departamento do Interior. Como esse município tem um grande potencial turístico e não é contemplado por delegacia, e os problemas de polícia se dão com a população flutuante, sem o atendimento local fica muito mais difícil para a polícia resolver. Este é um dos principais motivos pelos quais decidimos abrir uma unidade policial”, destacou.

O novo distrito atenderá também à população do Uiramutã, que atualmente precisa se deslocar também para Pacaraima a fim de participar de audiências e fazer Boletim de Ocorrência (BO).  

Quanto ao remanejamento de servidores para desenvolver a função no novo distrito, a delegada-geral explicou que a Polícia Civil tem um contingente defasado para atender o Estado. Durante os onze anos de existência, somente um concurso público foi realizado. A demanda do Estado aumentou em aproximadamente 47%, enquanto o número de policiais diminuiu em decorrência de aposentadoria, migração para outros cargos públicos e doenças.

Segundo ela, a Polícia Civil irá reunir todo o seu contingente, inclusive aqueles que estão cedidos para outros órgãos e não estão assumindo a função policial, a fim de planejar a distribuição conforme as necessidades de cada localidade.

Um levantamento de imóveis que pertencem ao Estado foi feito pelo governo para abrigar o novo distrito em Amajari, no entanto, todos estão ocupados, inclusive o prédio construído para funcionamento de uma Delegacia de Polícia Civil, que está sendo utilizado por policiais militares, que devem continuar no local e não serão desalojados porque o conjunto de ações deve ser executado em parceria.

O Governo do Estado vai firmar um contrato com proprietário de imóvel particular, onde a nova unidade deverá ficar sediada, mas ainda aguarda regularização do imóvel, já que é comum no interior os imóveis não terem título definitivo. A expectativa é que em quatro meses o distrito seja implantado.

CONCURSO – Segundo a delegada-geral, o principal ajuste que proporcionará melhores condições de trabalho para a Polícia Civil será o concurso público. “Só assim podemos ter novos policiais, e é assim que manda a lei. A realização do concurso público é outro projeto do governo.

Enquanto isso não acontece, estamos trabalhando com o nosso contingente e gerenciando a lotação de policiais. Não vamos apenas remanejar policiais para Amajari, vamos fazer um gerenciamento global, porque se faltar numa delegacia, será de forma equitativa”, frisou.

Sobre os prazos para que os municípios do Sul do Estado tenham distritos implantados, uma vez que são atendidos pela Delegacia de Polícia em São João da Baliza, ela disse que levará o tempo suficiente para a realização de concurso público, que visa destinar um contingente às delegacias que ainda serão criadas. Neste caso, o trâmite exige um projeto de lei. (J.B)