Cotidiano

Ambulante denuncia que foi agredido por fiscais da Emhur

O caso ocorreu em frente ao HGR; A vítima disse ainda que não é a primeira vez que sofre com perseguições do órgão

Trabalhador autônomo há 13 anos, o vendedor ambulante Renan Lopes de Matos, de 60 anos, procurou a FolhaWeb para denunciar que ele e o filho foram covardemente agredidos por fiscais ligados a Empresa de Desenvolvimento Urbano e Habitacional (Emhur) na última sexta-feira, 16, em frente ao Hospital Geral de Roraima (HGR).

A reportagem, o ambulante contou que no dia da agressão, estava com um de seus filhos e que ao chegar às imediações do hospital, viu que os fiscais estavam querendo recolher o carrinho que utiliza para vender bebidas e salgados, que atualmente é o único ganha pão da família de 10 pessoas.

“Eram por volta de 9h, quando aconteceu esse problema. Eles [Fiscais] chegaram lá, tentaram recolher o carrinho que estava com o meu filho, que também trabalha como ambulante. Tentei intervir e um deles me deu um tapa no rosto, que me fez cair no chão”, disse.

Matos relatou ainda, que durante a confusão um dos fiscais teria jogado o carro para cima da motocicleta que dirigia e que os ânimos só foram acalmados com a chegada da Polícia Militar, que levou a todos para a delegacia.

“Foi abusivo o que fizeram, simplesmente chegaram lá e disseram que iriam recolher o carrinho. Um dos fiscais, inclusive, falou o tempo todo que iria me prejudicar, a ainda ameaçou jogar o carro deles em cima de mim”, completou.  

Logo após o fato, o vendedor e o filho foram até o Instituto Médico Legal (IML) para a realização de exame de corpo delito. Ele comentou também que essa não seria a primeira vez que ele e seus familiares sofrem perseguição por parte dos fiscais do órgão, que em pelo menos duas ocasiões teria sido retirado de pontos comerciais sem justificativa.

“Eu tinha um box na Praça Capitão Clóvis, mas como ele iriam iniciar a reforma do local, eles me disseram que teria 15 dias para deixar o local e entregar as chaves no departamento de patrimônio que fica no terminal do Centro, só que como eu vou sobreviver? Essa é a minha única fonte de renda e a Prefeitura simplesmente não quer me dar outra opção”, concluiu.

OUTRO LADO – A reportagem entrou em contato com a Empresa de Desenvolvimento Urbano e Habitacional (Emhur) para saber o posicionamento do órgão diante da denúncia e aguarda resposta.