Cotidiano

Analista explica necessidade de salvar lago

Lago dos Americanos é onde fica a nascente do igarapé Mirandinha, um dos principais da cidade

As questões quem envolvem o Lago dos Americanos, principal atração no Parque Anauá, têm gerando discussões em relação à necessidade de o local receber água de poços artesianos para aumentar o volume do nível de água, que chegou a estar em menos de 5% devido à estiagem.
O analista ambiental Rogério Campos, que também preside a Fundação Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Femarh), explicou que o bombeamento de água para encher o lago não gera desperdício e era necessário por ser fundamental para a bacia hidrográfica da Capital. “Na verdade, o lago fornece água para o Igarapé Mirandinha, um dos principais da cidade. O que está se fazendo é diminuindo o ciclo ideológico da água, devido à forte estiagem, que levaria tempo para ser finalizado com o fraco volume de chuva”, disse.
Segundo ele, sem os poços artesianos, mesmo quando as chuvas começarem a cair sobre a Capital, o lago não encheria o suficiente para manter as vidas aquáticas existentes no local. “Possivelmente as chuvas não seriam suficientes para encher o lago, então se pensou em diminuir o ciclo ideológico, tirando a água do solo e injetando na superfície para mantermos as vidas ali existentes”, explicou.
O especialista disse que, além de preservar os animais do lago, a solução para evitar o problema do esvaziamento deve beneficiar também à população. “Quando o período de chuvas começare, as lâminas de água devem evaporar ainda mais, fazendo com que a umidade do ar fique melhor. Outro ganho é manter o nível do Mirandinha, mantendo o ciclo com esse procedimento”, afirmou.
Segundo Campos, a ação feita no Lago dos Americanos este ano deve fazer com que o nível de água se mantenha estável, fugindo da necessidade dos poços artesianos para os próximos anos. “Realmente havia a necessidade de ser feito esse enchimento do lago. Dependendo da quantidade de chuva, provavelmente no ano que vem consigamos manter o nível. Com a situação que estava, a tendência era que secasse por completo, ainda mais com as poucas chuvas. Talvez nem tivéssemos mais o lago”, frisou. (L.G.C)