O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama-RR) devolveu à natureza em Amajari, região Norte de Roraima, sete espécies de animais silvestres resgatados, apreendidos ou entregues voluntariamente. Eles passaram seis meses em reabilitação no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas).
Das espécies, está a preguiça-de-três-dedos, um animal que se move extremamente devagar e habita exclusivamente florestas úmidas, onde passa quase toda a vida pendurada nas árvores.
As araras-canindé também foram devolvidas à natureza. Elas voam aos pares e quando formam casal, não mais se separam. Mesmo não estando na lista de aves ameaçadas de extinção, a sua população vem declinado diante da destruição do meio ambiente e do tráfico.
Os animais passaram por um processo cuidadoso de triagem, avaliação e recuperação antes de retornar ao habitat natural. “Foi o tempo suficiente para esses animais atingirem condições físicas ou comportamentais necessárias à reintrodução na natureza”, explicou o médico veterinário, James Souza, coordenador do Cetas Roraima.
O local para reabilitação de voo das araras foi no Bosque dos Papagaios, administrado pela Prefeitura de Boa Vista. A soltura dos bichos foi feita com acompanhamento de técnicos do Ibama, em local credenciado pelo Instituto.
De acordo com o Ibama, a ação promove um revigoramento populacional na região em que foram soltos, para que os animais possam ocupar os ecossistemas novamente. A maioria dos resgatados foi capturada ilegalmente e, muitas vezes, por pessoas que desconhecem as leis ou o impacto ambiental. “A população precisa entender a importância dos animais silvestres para o meio ambiente, saber como observá-los sem a intenção de comercialização”, finalizou Souza.