Cotidiano

Apenas 15% das câmeras de monitoramento funcionam em RR

Somente 12 delas estão em pleno funcionamento na Capital, conforme informou a Secretaria de Segurança Pública; previsão é que projeto seja retomado em 2019

Uma das medidas anunciadas pelo Governo do Estado, em 2010, foi o projeto de monitoramento de câmeras na Capital com o objetivo de inibir a ocorrência de assaltos. Desde então, somente os números de crimes subiram. Passada quase uma década desde a instalação, a situação permanece praticamente a mesma dos últimos dois anos: somente 15% dos equipamentos estão funcionando.

A informação foi confirmada pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp). De acordo com o órgão, atualmente 12 câmeras estão em pleno funcionamento na Capital, com monitoramento 24 horas por dia sob a supervisão de servidores da pasta.

O último levantamento feito pela Folha, em agosto do ano passado, revelou que das 77 câmeras do programa instaladas em Boa Vista, apenas oito estavam em funcionamento. Ou seja, desde então, poucas delas foram recuperadas.

Na época, a Sesp informou que já havia solicitado a abertura do processo licitatório para resolver a situação das câmeras que não estavam funcionando e que a licitação contemplaria também a ampliação do projeto, com a instalação em municípios do interior.

A informação era que Pacaraima, Bonfim, Caracaraí e Rorainópolis receberiam, cada um, nove câmeras de monitoramento e uma central de acompanhamento a ser instalada na sede da Polícia Militar de cada município.

Questionada sobre o funcionamento das câmeras nos municípios, em especial, nas fronteiras com a Guiana e Venezuela, a Sesp informou que existem somente duas operando no monitoramento em Pacaraima.

No entanto, os equipamentos instalados nos municípios de Bonfim, Caracaraí e Rorainópolis estão sem uso. “O serviço está inoperante devido a problemas de manutenção nos equipamentos, software e fibra ótica”, informou o Governo do Estado.

Apesar do contexto atual de defasagem do projeto, a Sesp reforça que a previsão é de melhoria nas ações de fiscalização do Estado no próximo ano. “Para 2019, está planejada a substituição de equipamentos, manutenção corretiva, aumento de pontos videomonitorados, restauração da fibra ótica, além da ampliação do serviço para os demais municípios”, completou o Governo.

ENTENDA O CASO – Lançado em 2010, o projeto de Monitoramento de Câmeras na Capital foi elaborado como uma ferramenta para auxiliar o sistema de segurança pública. A ideia era que a presença dos equipamentos inibissem as ações de criminosos, além de possibilitar a ação antecipada das polícias, uma vez que a Central acionaria a unidade policial mais próxima, caso notasse alguma ação suspeita.

A previsão era que as câmeras fossem instaladas em pontos estratégicos de Boa Vista, áreas comerciais e locais onde ocorreram mais furtos, roubos e arrombamentos, segundo levantamento da Sesp.

De acordo com o Governo do Estado, as imagens colhidas seriam armazenadas e o cidadão poderia também informar a existência de uma câmera próxima ao local de um crime ao registrar boletim de ocorrência. No entanto, as imagens poderiam ser solicitadas somente para investigações criminais por um delegado de polícia ou por via judicial. (P.C.)