Cotidiano

Apenas 30% das vacinas foram vendidas

A expectativa para este ano é vacinar cerca 750 mil animais, mas, até o momento, apenas 250 mil doses da vacina foram vendidas

Os criadores de gado em Roraima têm até o dia 30 de abril para comprar e vacinar o seu rebanho contra a febre aftosa. De acordo com o diretor de Defesa e Inspeção Animal da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (ADERR), Vicente Barreto, que esteve no programa Agenda da Semana, na Rádio Folha 1020, apresentando pelo radialista Getúlio Cruz, na manhã deste domingo, 19, a expectativa para este ano é vacinar cerca 750 mil animais.
“Nós estamos a 10 dias do término da primeira etapa da campanha, que começou no dia 1º de abril e termina no final deste mês. Até o momento, nós já vendemos 250 mil unidades da vacina, o que equivale a somente 30% do total. Por isso, pedimos para que os criadores procurem as lojas autorizadas e nos ajudem e alcançar a meta”, afirmou Barreto.
Conforme o diretor da Defesa e Inspeção Animal, oito lojas na Capital e duas no interior, sendo uma em São João da Baliza e outra em Caroebe, estão autorizadas a vender as unidades da vacina. Ele explicou que quem não vacinar seu rebanho e não prestar contas até dia 15 de maio será autuado e multado. “A autuação é feita por propriedade e por animal. Ela equivale à soma de R$ 1.140 por propriedade mais R$ 71 por cada animal, o que nos expõe a um valor muito alto quando comparada ao valor da vacina, que custa R$ 1,80 a unidade. Além da segurança que o produtor tem quando seu rebanho está protegido”, frisou Barreto. “Outra penalidade é que este criador ficará com o rebanho bloqueado até que seja vacinado, não podendo fazer nenhum tipo de movimentação”, reforçou.
Barreto disse que na hora da compra da vacina, o produtor deve comprar 5% a mais do que a quantidade exata do rebanho. “Sempre acontece de se perder algumas vacinas, por inúmeros problemas, tanto com o animal quanto na conservação. Por isso, pedimos que na hora da realização da compra o criador leve uma pequena quantidade a mais para suprir qualquer eventualidade”, argumentou.
Outro fator destacado pelo diretor foram as comunidades indígenas. Ele explicou que na região das áreas da Raposa Serra do Sol e São Marcos, a instituição irá realizar a vacinação do gado gratuitamente. “Somente nessas comunidades temos 50 mil cabeças. Nelas, a Aderr, juntamente com o Ministério da Agricultura, fará a vacinação”, enfatizou, ressaltando ainda que as outras comunidades devem seguir o calendário oficial do órgão.  (J.L)
Meta é tornar RR livre para comercializar carne, diz diretor
Atualmente, único Estado brasileiro com restrição para venda de gado abatido devido à não erradicação da febre aftosa, o estado de Roraima depende dos resultados obtidos pela campanha deste ano para mudar de status no Ministério da Agricultura e passar de ‘médio risco’ de contaminação para ‘livre’ da doença.
“Esta é a nossa meta para este ano. Não estamos poupando esforço nenhum para estruturar o Estado e avançar no status e ficarmos livre para a comercialização”, afirmou o diretor de Defesa e Inspeção Animal da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (ADERR), Vicente Barreto.
Ele explicou que atualmente está sendo realizando um processo de sorologia, onde amostras foram colhidas e enviadas para serem analisadas para que a erradicação da doença por meio da vacinação seja confirmada. “Foram três amostras, uma já veio e foi liberada, com resultado negativo e agora estamos aguardando as outras, com uma expectativa bastante positiva”, destacou.
Barreto disse ainda que uma reestruturação funcional está sendo executada. “Contamos agora com servidores para estruturar o nosso escritório e ter a resposta que o nosso serviço exige. Estamos também comprando máquinas para poder levar aos locais mais distantes a garantia do nosso trabalho. Atitudes que são exigência do Ministério da Agricultura para ‘liberar’ o Estado”, explicou.
De acordo com o diretor, o último caso da doença foi registrado em 2001. “Estamos há 14 anos sem nenhum caso de febre aftosa em Roraima, o que nos ajuda a mudar esse quadro. Se alcançamos este objetivo, vamos conseguir abrir mercado de venda para Roraima, para os vizinhos, como a Venezuela”, ressaltou. (J.L)