Roraima recebeu do Ministério da Saúde cerca de 5 mil doses de vacinas contra a covid-19 para iniciar a vacinação de crianças de 5 a 11 anos de idade. Em Boa Vista, as crianças com algum tipo de deficiência ou comorbidades já tiveram a oportunidade de tomar a vacina e atualmente o imunizante está liberado para aquelas com 10 e 11 anos sem comorbidades.
Apesar da disponibilidade, desde o início da vacinação deste público, conforme a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), apenas 93 crianças receberam a primeira dose. Os motivos pela baixa procura são diversos, pais ou responsáveis que não acreditam na eficácia da vacina, temor pelos efeitos colaterais, fake news, entre outros.
A médica infectologista Alessandra Martins ressaltou que as vacinas disponibilizadas para este público são seguras e eficazes. “Tanto a Pfizer como a Coronavac passam por um controle rígido e por testes para poderem ser então utilizadas em larga escala”, disse.
Alessandra afirmou que a vacina é a medida mais eficaz para combater a pandemia. “A vacina é a ferramenta mais efetiva para controle e erradicação de doenças. A prova disso é a redução no número de mortes e internações com casos graves. Então é fundamental que todos tomem a vacina”, recomendou.
A médica reforçou que os pais e responsáveis podem confiar na vacina contra a covid-19 da mesma maneira que confiam nos demais imunizantes que as crianças tomam do momento em que nascem até ao longo da infância.
“Essas vacinas não são experimentais. Na verdade, elas passam por um rigor científico rígido e passam por um processo regulatório brasileiro crucial para aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária [Anvisa]. Antes de ser aplicada no seu filho ela passou por uma série de estudos, por três fases de teste que avaliam a segurança, depois a imunogenicidade e por fim a eficácia”, disse.
Quanto aos questionamentos pela agilidade com que a vacina foi criada e começou a ser utilizada, a infectologista ressaltou que é devido ao avanço da ciência e das tecnologias. “A base tecnologia já investida, os estudos já existentes e claro é que fazem isso acontecer”, pontuou.