Após a informação de familiares sobre um suposto ataque por índios que teriam vitimado seis garimpeiros em terra indígena, o Exército Brasileiro e a Polícia Militar de Roraima (PMRR) realizaram uma operação conjunta, na manhã de ontem, que resultou na retirada de 776 pessoas que trabalham com garimpo ilegal na região do Rio Uraricoera, nas divisas dos municípios de Amajari e Alto Alegre, Norte do Estado.
Apesar de familiares dos garimpeiros que teriam sido vítimas do massacre afirmarem que eles foram mortos na região do Surucucu, na Terra Indígena Yanomami, especificamente numa zona chamada Hakoma, no Município de Alto Alegre, cuja sede fica a aproximadamente 85 quilômetros da Capital, ao Centro-Oeste, a Funai voltou a negar que indígenas possam ter sido responsáveis pelas mortes ou que o caso tenha ocorrido de fato.
Conforme o coordenador da equipe da PM na operação, coronel Waney Vieira, os policiais estão realizando trabalhos de contenção e retirada de garimpeiros daquela região, complementando o trabalho iniciado pelo Exército Brasileiro na operação Curari VII.
“Estamos há aproximadamente 15 dias no local e devemos permanecer por mais 15, depois passaremos novamente para a 1ª Brigada de Infantaria de Selva a responsabilidade da contenção daquela área de garimpo ilegal em Roraima”, disse.
Iniciada no dia 31 de outubro, a ação é coordenada pelo 1ª Brigada de Infantaria de Selva, tendo ainda o apoio além da Fundação Nacional do Índio (Funai), de policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e da Companhia Independente de Policiamento Ambiental (Cipa), ambos da Polícia Militar.
Com os garimpeiros, as equipes encontraram os seguintes materiais: antena de acesso a internet, quatro televisores de LED, oito balanças de precisão, quatro aparelhos de telefone fixo, 10 frízeres, oito maquinários completos de garimpo, seis geradores de energia, seis rolos de mangueira, 10 botijas de gás, furadeiras, lixadeiras, 400 litros de gasolina, 400 litros de diesel e quatro motores de poupa.
“Vale destacar que a ação envolve apenas a retirada dessas pessoas do local, além da orientação para que não voltem mais para essa região. Todo o material apreendido será destruído”, informou o coronel.