Uma carga de 900 quilos de queijo sem procedência e inspeção legal, apreendida por servidores da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr) na vila Jundiá, foi incinerada na noite dessa quinta-feira (6). A medida visa impedir o consumo e comercialização irregular do produto, além de evitar riscos à saúde pública.
A ação ocorreu no posto de fiscalização agropecuária, no Município de Rorainópolis, região Sul do Estado, e faz parte do controle fitossanitário de mercadorias. Segundo o fiscal agropecuário da Aderr, Gustavo Domingues, a incineração foi necessária para evitar que a carga também fosse saqueada pela população, como já ocorreu em outra ocasião.
“Estamos em Rorainópolis, na sede da Ypê, que é um abatedouro frigorífico parceiro da Aderr e que empresta seu incinerador para que possamos dar destino correto a determinadas apreensões. Estamos incinerando a apreensão de queijo feita pela equipe lá no posto de fiscalização agropecuária do Jundiá […]. É importante esse destino final para evitar que a população venha a saquear, como já aconteceu quando enterramos uma carga de laranja apreendida pelo Amazonas, que poderia estar contaminada com a praga da mosca-da-carambola. A população desenterrou e consumiu, o que representa um grande risco sanitário”, afirmou.
Domingues também destacou os perigos do consumo de alimentos sem procedência, que podem causar zoonoses, como brucelose, além de infecções intestinais graves, especialmente em crianças e idosos.
“Essas doenças podem levar à hospitalização e até ao óbito. Para evitar problemas de saúde pública, a Aderr está cumprindo seu papel, protegendo o agricultor, o pecuarista e o produtor de queijo que trabalha dentro da legalidade. A presença desse queijo irregular no mercado prejudica quem segue as normas sanitárias e comerciais”, acrescentou.