Cotidiano

Associação Médica Brasileira em Roraima tem nova direção

 A valorização do trabalho médico e a assistência de qualidade para a população são os princípios básicos da Associação Médica Brasileira (AMB), que volta a funcionar em Roraima após 15 anos. Em posse na noite de ontem, 18, no Conselho Regional de Medicina (CRM), a médica Nympha Salomão estará à frente da federação no Estado.

O acolhimento da educação médica continuada, provendo cursos e conteúdo para atualização da capacitação do profissional médico, também está entre as ações adotadas pela associação que visa à melhoria no atendimento e qualidade nas condições trabalhistas da área da saúde.

Lincoln Ferreira, presidente nacional da Associação Médica Brasileira (AMB), esteve em Roraima para dar posse à nova diretoria da instituição. Ele pontuou que a distância geográfica do Estado é uma contribuição para a falta de material básico para os médicos.

“A nossa intenção é contribuir da melhor forma possível para o aprimoramento da assistência à saúde e médica em Roraima”, relatou.

Ele destacou que a AMB está ligada à Associação Médica Mundial, que representa o núcleo do conhecimento médico e as tendências dos próximos anos sobre os aspectos técnicos e científicos, mas também sobre questões de ética e humanística. 

“Temos um presidente brasileiro eleito para a AMM, o que faz com que os holofotes da medicina mundial estejam voltados para o Brasil”, prosseguiu. 

Em visita a Roraima, Ferreira conheceu o município de Pacaraima para que pudesse avaliar as questões de saúde em meio à crise humanitária na Venezuela e também foi até o Hospital Geral de Roraima e ao Hospital Materno-Infantil Nossa Senhora de Nazareth (HMINSN). De acordo com ele, os hospitais apresentam os mesmos problemas em caráter nacional, com a falta de medicamentos e insumos básicos.

Atualmente, as cirurgias eletivas continuam suspensas pelo desabastecimento completo nas unidades de saúde. 

“A estrutura é de qualidade, infelizmente é carente de manutenção e de recursos. A saúde precisa ser pensada e replanejada, mas, se por um lado, tem muitos problemas, não deixo de ver muitas soluções possíveis, ou seja, nenhum problema é insolúvel e isso é excelente coisa”, ressaltou.

O principal problema apontado pelo presidente está no financiamento e na falta de aplicação correta das verbas recebidas pelas gestões.

“Precisamos que as ações de saúde se tornem políticas de Estado e não de governo. Isso requer um trabalho exaustivo de médio e longo prazo. A partir do momento em que as políticas de saúde se tornem independentes de governantes, vamos começar a corrigir todas essas questões”, avaliou.

NOVA GESTÃO – A presidente da AMB em Roraima, Nympha Salomão, enfatizou que o papel da entidade é diferente do desempenhado pelo CRM e sindicatos, pois entra uma parte mais abrangente e humanizada da classe médica. 

“Vamos unir forças com as outras entidades já existentes e iremos fazer parte dessa luta. Os médicos vão ser ouvidos participando das nossas reuniões”, declarou.