Cotidiano

Associações pedem reabertura da fronteira

Os quase 20 dias de fechamento da fronteira do Brasil com a Venezuela, por decisão unilateral do presidente Nicolás Maduro, já apresentam reflexos da crise econômica em Pacaraima, inclusive com demissões de funcionários e fechamentos de lojas. 

Para tentar uma negociação pacífica, mostrar a necessidade de dialogar e abrir a fronteira, comerciantes e representantes de associações de Pacaraima se reuniram na tarde de ontem, 11, em frente ao terminal rodoviário Rubens Cabral de Macedo, no município, para protestar contra o fechamento da fronteira e entregar uma carta assinada pelos manifestantes. 

O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Pacaraima (Acep), João Kleber Soares Borges, pelo Whats App, informou que a carta foi entregue ao representante do Consulado da Venezuela em Boa Vista. 

“O representante do Consulado leu a carta e nos garantiu que a fronteira seria aberta nesta terça-feira [12]”, disse. 

Ele informou que a manifestação foi pacífica e contou com cerca de 300 pessoas.

“A Acep, com outras associações, a iniciativa privada e a sociedade organizada de Pacaraima, se mobilizou para fazer esse protesto pacífico com o objetivo de entregar um documento simbólico às autoridades venezuelanas para que chegue ao presidente Nicolás Maduro pedindo a reabertura da fronteira”, disse. 

Segundo João Kleber, esse pedido não é político, mas uma reivindicação dos comerciantes e da população de Pacaraima, que se sentem prejudicados com o fechamento.  

“Que fique bem claro que esse movimento não é para impedir ou para facilitar a passagem de carretas, não tem nada disso. Não é questão política nem partidária. Só estamos nos manifestando e pedindo a Maduro que reabra a fronteira”, afirmou.

No documento entregue na tarde de ontem, havia a assinatura de presidentes de associações de transportes, cooperativas de táxis, associações de moradores e da Acep. 

“O fechamento da fronteira não atingiu só quem trabalha com o transporte de mercadorias e de pessoas e o comércio, mas todos os moradores de Pacaraima e parte da economia de Roraima”, disse. “É por essa razão que estamos fazendo esse movimento para pedir a abertura da fronteira”, afirmou. “Quem sabe assim Maduro não nos atende e possa reabrir a fronteira, como garantiu o cônsul?”, avaliou.