YARA WALKER
Colaboradora da FolhaWeb
Com o tema “Em defesa dos direitos sociais e contra a exclusão da Justiça do Trabalho”, ocorre nesta segunda-feira, 21, no saguão do Fórum do Tribunal do Trabalho, um ato em resposta às declarações recentes do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), que admitiu a possibilidade de extinção da Justiça do Trabalho.
A ação faz parte de um movimento nacional organizado pela Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (ABRAT), tendo suas atividades iniciada em todo o país por volta das 10h. Em Roraima, a Associação Roraimense de Advocacia Trabalhista (ARAT) esta a frente da mobilização.
De acordo Florany Mota, presidente da ARAT e diretora de Assuntos Legislativos da entidade, a Proposta de Emenda à Constituição 300/2018 (PEC) ameaça aos direitos dos trabalhadores.
“Nós já tivemos esses direitos bem prejudicados com a reforma trabalhista e agora com a PEC 300, que está tramitando e movimentando o congresso nacional em pleno período de recesso. Isso significa que é realmente de interesse do governo dar celeridade a aprovação dessa proposta”, disse, ressaltando ainda que a extinção do órgão pode levar ao fim da justiça social.
Katia Rodrigues, é designer gráfica e procurou a Justiça do trabalho após o patrão recusar o acordo para saída dela da empresa. Ela também concorda que o fim da Justiça do Trabalho pode afetar a vida de muitas pessoas.
“Ele não assinou minha carteira de trabalho e nem efetuou o pagamento. Ele não quis negociar e eu vim aqui. Se a Justiça do Trabalho acabar, o trabalhador não terá como buscar seus direitos”, ressaltou.
NOVO ATO – Além da ARAT, estiveram presentes no ato juízes, advogados e especialistas em direitos trabalhistas da Ordem dos Advogados do Brasil em Roraima (OAB/RR). Outro protesto contra a possível extinção está previsto para o dia 5 de fevereiro, concentrada em Brasília.