Cotidiano

Auditores fiscais da Receita Federal também entram em greve

O movimento de grevista dos servidores ligados a órgãos do Governo Federal só aumento. Hoje foi a vez dos auditores fiscais da Receita Federal em Roraima aderirem ao movimento nacional de greve da categoria. Entre as principais reivindicações estão o reajuste salarial e a inclusão no projeto de emenda constitucional (PEC) 433, proposta que prevê a alguns servidores o direito de ter equiparados os salários aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o presidente da delegacia sindical da categoria em Roraima, Piero de Albuquerque, outra reivindicação é a recuperação da autonomia legal que foi usurpada dos auditores. “O atual modelo de gestão atribui a funções comissionadas atribuições que são privativas do cargo de Auditor Fiscal. Não compactuamos com essa decisão”, declarou.

Além das reivindicações nacionais, os auditores fiscais em Roraima pedem melhores condições de trabalho. “Nós estamos em uma situação precária. O governo federal não nos oferece um mínimo de estrutura. Sofremos com problemas de logística e até mesmo com falta de materiais de expediente, que já são escassos em nossa unidade”, disse.

Albuquerque informou que desde março, o Sindifisco está em campanha salarial. Segundo ele, já foram realizadas diversas reuniões com o governo federal, mas, até o momento, não foi apresentada uma proposta que agrade a categoria, reforçado a decisão de optarem pela greve.

SERVIÇOS MANTIDOS – Albuquerque frisou que o movimento grevista não tem a intenção prejudicar a população, portanto, serviços como controle de bagagem acompanhada em portos e aeroportos alfandegados não serão paralisados. Da mesma forma, a malha do imposto de renda de pessoa física não será, de forma alguma, prejudicada.

Todos os serviços que visem à liberação de animais vivos, medicamentos e produtos perecíveis continuarão transcorrendo normalmente. Créditos tributários que estejam próximos da decadência ou da prescrição também continuarão sendo lançados pelos auditores fiscais. “Destaque-se que a operação lava jato continuará sendo conduzida pela classe, pois temos consciência de nosso importante papel no combate à corrupção”, ressaltou.

ARRECADAÇÃO – “Decidimos interromper apenas atividades internas, especialmente aquelas que dizem respeito ao incremento de arrecadação proposto pelo governo”, disse Albuquerque.