Cotidiano

Auditores fiscais deflagram Operação Padrão

Caso os servidores optassem por parar os serviços, o Estado deixaria de arrecadar, mensalmente, cerca de R$ 70 milhões

A concentração de caminhões na Praça do Centro Cívico, principal ponto turístico da Capital, ocorrido na manhã desta segunda-feira, 22, ocorreu em razão da paralisação das atividades de liberação de cargas no Posto de Fiscalização do Jundiá, no Sul do Estado.

Sem melhores alternativas, muitos caminheiros precisaram se deslocar até a Capital para fazer a liberação das cargas no Posto de Boa Vista. Para facilitar esse trabalho, os auditores fiscais da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) estão realizando uma operação padrão com intuito de não prejudicar ainda mais a saúde financeira do Estado.

“Essa operação padrão está sendo realizada aqui na sede da Sefaz em Boa Vista como forma de sensibilizar sociedade com relação a atrasos no pagamento do salário dos servidores públicos e como forma de protesto contra a falta de condições de trabalho no Posto de Fiscalização do Jundiá. Nós não temos lacres e faltam manejadores de cargas para que os fiscais possam efetuar um serviço mais eficiente para o Estado. O Estado precisa arrecadar, mas precisa de mais eficiência na parte administrativa, e para isso é necessário o apoio do Governo para garantir não só as condições de trabalho, mas também os salários dos servidores”, destacou o presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais da Sefaz (Sinfter), Jorge Teixeira.

Conforme o sindicalista, mesmo diante de problemas ocasionados pelo atraso de pagamento dos salários, o que tem comprometido o comparecimento de funcionários aos seus locais de trabalho, a categoria entendeu que manter os serviços essenciais é a única forma de fazer com que o Estado não entre em colapso total.

“Como já enfatizamos em ocasiões anteriores, dado a situação financeira do Estado, nós não podemos comprometer ainda mais a arrecadação. Os serviços são continuados, só está ocorrendo uma operação de forma padrão, mas garantindo a arrecadação tributária, porque senão o rombo nas receitas pode comprometer a economia de Roraima”, frisou.   

Ainda segundo Teixeira, caso os servidores optassem por parar os serviços, o Estado deixaria de arrecadar, mensalmente, cerca de R$ 70 milhões, valor indispensável para o momento. 

“Já estamos buscando um entendimento com o Governo no sentido de que se garanta as condições adequadas de trabalho não só na Sefaz, mas também em todos os órgãos que são vitais  na prestação de serviços para a sociedade. Então, nós não podemos prescindir dessa arrecadação tributária, que é importante para os cofres públicos, principalmente em um momento de crise como esse”, pontuou.