Cotidiano

Aumenta na procura e oferta de emprego

Sessão de classificados da Folha, além de ser o maior balcão de negócios informal, ajuda a diminuir a taxa de desemprego na Capital

Nos últimos cinco anos, o aumento na oferta e na procura de empregos fez com o Grupo Folha de Comunicação decidisse reservar um espaço exclusivo e gratuito para este tipo de anúncio nos seus classificados. O serviço, que tem o papel social de diminuir as taxas de desemprego no Estado, propiciando a oportunidade dos profissionais ganharem espaço no mercado de trabalho, cada vez mais concorrido, já garantiu emprego para muitos roraimenses.

Muitas empresas passaram a utilizar os meios de comunicação para contratar mão de obra. A Folha supre uma parcela significativa da demanda de solicitações de empregos por parte da população, que acredita na credibilidade do jornal para conseguir uma oportunidade de trabalho.

“Fiquei desempregado e uma semana depois de procurar emprego e não conseguir entrei em contato com a Folha para publicar que procurava emprego na área técnica para bombeiro hidráulico e, no dia seguinte, uma empresa que presta serviços de manutenção em órgãos públicos e instituições particulares me contratou. Isso prova que as pessoas leem o jornal e acreditam nas informações do classificado”, destacou Flávio Gonzaga.

Quatro atendentes, divididos nos dois turnos do horário comercial, recebem os que querem anunciar ofertas e procuras de emprego nos classificados presencialmente, ou por meio de ligações telefônicas. O Classifolha é uma ferramenta que auxilia a população do estado e promove a possibilidade de divulgar as necessidades do comércio local. As principais solicitações são de vendedores, garçons, cabeleireiros, manicures, empregadas domésticas, serviços gerais e eletricistas.

Interessados também podem descrever ao leitor os serviços que estão concedidos para atender ao público, como podagens e cortes de árvores, construção civil, manutenção em aparelhos domésticos e refrigeração.

EXIGÊNCIAS – A Folha informa que, respeitando a igualdade de todos perante a lei, conforme prega a Constituição Federal de 1988, não publica anúncios que contenham qualquer expressão discriminatória quanto à origem, raça, credo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Por força da Lei 11.644/2008, também não são publicados anúncios que exijam do candidato experiência superior a seis meses na função.

Sine faz intermediação de mão de obra e encaminha desempregados para cursos

O Sistema Nacional de Emprego de Roraima (Sine-RR) também registrou um aumento nos postos de trabalho em comparação ao primeiro semestre de 2014. Mas, com aumento nas taxas de desemprego, o mercado limita a qualificação do profissional como princípio norteador para contratação imediata, o que faz com que muitas ofertas não sejam preenchidas.

O Sine filtra o número de candidatos aos cargos disponíveis pelo perfil exigido pelas empresas. Os que não se adequam às condições prescritas englobam o quantitativo de pessoas inseridas em cursos profissionalizantes e de aperfeiçoamento.

“O maior entrave é que a maioria das pessoas que vêm ao Sine não têm a qualificação que o mercado exige, porque a empresa tem critérios para contratação. Hoje mesmo está em aberto uma vaga para vendedora que tenha Carteira Nacional de Habilitação [CNH], porque as pessoas têm curso de vendedor, mas não têm habilitação”, frisou o gerente de Projetos da Qualificação Profissional, Rosivaldo Carneiro.

As ofertas de emprego no 1o semestre de 2015 totalizam 741 postos de trabalho, superando os números do mesmo período do ano passado, quando 555 vagas foram regularmente preenchidas. De acordo com informações do Sine, pelo menos três pessoas foram inseridas no mercado de trabalho diariamente em 2014, quando, em 2015, o número aumentou para quatro inserções diárias.

Atualmente, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a maior incidência de contratos está relacionada a vendedores de comércio varejista, operador de caixa, servente de obras e zelador de edifícios. “O Sine já está desenvolvendo ações que nos próximos meses irão ajudar a melhorar este cenário. Não podendo esquecer da crise pela qual o nosso país vem atravessando”, disse o chefe da Intermediação de Mão de Obra (IMO), Helber Nahylton Távora Lopes. (J.B)