Estatística do Registro Civil aponta aumento de morte violenta em Roraima, comparado aos últimos anos. O público jovem, de 20 a 29 anos, é o que mais aparece na lista. Os números de mortes violentas de adultos e mulheres permaneceram no mesmo patamar. Em 2014, a Estatística era de 7,66% em relação ao total de óbitos registrados no Estado.
No biênio 2013/ 2014 foi verificado aumento de mortes violentas no sexo feminino. Em 2013 era equivalente a 0,97%, mas em 2014 passou a corresponder a 1,36%. O índice entre homens foi igual 6,3% no mesmo ano. De acordo com a faixa etária, merecem destaque os jovens entre 20 e 29 anos, correspondendo à parcela mais acometida por óbitos violentos (2,5%).
O aumento da mortalidade, ao incidir nas faixas etárias mais jovens do sexo masculino, tem efeito negativo sobre a esperança de vida ao nascer, reduzindo os ganhos que vinham e vêm sendo obtidos em consequência do declínio dos níveis de mortalidade infantil.
A estrutura da mortalidade no Brasil vem passando por profundas transformações, sobretudo no que se refere à incidência de determinadas causas de óbitos nas distintas faixas etárias. Causas evitáveis, como as relacionadas às enfermidades infecciosas, vêm perdendo preponderância cada vez mais. Por outro lado, as causas de morte ligadas às enfermidades não transmissíveis e às causas externas (violentas) têm ganhado destaque.
As transformações na estrutura de causas de morte são mais visíveis nas áreas onde a violência se transformou em um fenômeno cada vez mais generalizado, incidindo, especialmente, nas idades de jovens e adultos do sexo masculino.
Esse processo ocorre em paralelo ao declínio generalizado da mortalidade na infância, caracterizando uma contradição que o País vem vivenciando ao longo dos últimos 25 anos: aumenta o número de crianças sobreviventes, mas eleva-se o risco de virem a morrer ao atingirem as faixas etárias de jovens. (AJ)