Cotidiano

Bairros com alto índice de transmissão são foco de visitas

O LIRAa de junho deste ano mostrou um índice de 9,3% de alto risco para doenças transmitidas pelo Aedes aegypti

Alto risco. Este foi o resultado do Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), realizado de 10 a 14 de junho deste ano, em Boa Vista. Durante o período, foram visitados 6.116 imóveis, sendo 568 positivos para larvas do mosquito Aedes aegypti. Se tratando de números, o índice final foi de 9,3% para transmissão de dengue, zika e chicungunya. Mas, por conta do inverno, esse risco se torna ainda maior.

Além das poças de água nas ruas, quintais e objetos, o descarte indevido de lixo e a falta de limpeza nos quintais são campos propícios para a proliferação do mosquito.

Por isso, equipes compostas por militares da Base Área e agentes comunitários da Prefeitura Municipal de Boa Vista (PMBV) estão realizando visitas às residências localizadas em bairros que apresentam um risco mais expressivo de transmissão.

Nas visitas, eles percorrem toda a área da residência em busca de possíveis locais de foco, além de orientar os moradores sobre os cuidados necessários.

O coordenador do Núcleo de Vigilância e Controle de Doenças Transmitidas por Vetores, Samuel Garça, explicou que a principal dificuldade encontrada são residências fechadas ou sem uma pessoa maior de idade para atender a equipe. Nesse caso, a equipe retorna em outro momento.

“Até o dia 9 de agosto a equipe vai concluir os bairros Caimbé, que é onde estamos atualmente, e o Asa Branca. É importante, inclusive, que a população tenha conhecimento desse trabalho, tanto para facilitar a missão, como para se prevenir sem as visitas”, disse.

Na tarde desta sexta-feira, 12, a reportagem da Folha Web acompanhou a equipe durante o percurso pelo bairro Caimbé. Na rua Lourival Silva, especificamente, a moradora Cleuza Ferreira recebeu a equipe sem nenhuma resistência.

“Moro aqui há 22 anos e da minha casa eu cuido. Nós ficamos de olho no nível da água das plantas e no descarte com o lixo, que é retirado da rua três vezes por semana. O problema é na rua mesmo, por isso que sempre tem mosquito aqui em casa, mas graças a Deus ninguém está doente”, contou.

A situação se repete na rua Leôncio Barbosa. Para o morador Antônio Carlos Aragão, o perigo está no lado externo.

“Agora com as chuvas as ruas ficam muito alagadas. A sorte é que a drenagem funciona, mas ainda deixa a desejar. Todo o cuidado é pouco nesse período”, finalizou.