Cotidiano

Bancários das 35 agências entram em greve sem previsão de retorno

Com o atendimento ao público paralisado nas agências bancárias, casas lotéricas e correspondentes bancários ficam lotados

Na manhã desta quinta-feira, 8, os bancários do Estado deflagraram greve geral. Conforme o Sindicato dos Bancários de Roraima (Sintraf), os funcionários dos bancos da Capital e do interior aderiram ao movimento grevista, que acontecerá por tempo indeterminado. As principais reivindicações da categoria são: melhores condições de trabalho, reajuste salarial e contratação de pessoal.

Conforme o presidente do Sintraf, Adauto Andrade, todos os bancos do Estado aderiram ao movimento. São 35 agências bancárias divididas entre as instituições financeiras Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Santander, Banco da Amazônia, Itaú e HSBC. Com as agências bancárias fechadas, as casas lotéricas e correspondentes bancários ficaram lotados o dia todo.

“O efetivo, de aproximadamente 600 bancários que compõem todas as agências do Estado, está se mobilizando para lutar por nossos direitos. Não podemos garantir que todas as agências e funcionários estão paralisados, pois essa informação só saberemos após a avaliação dos primeiros dias de greve”, disse o sindicalista.

Segundo ele, a categoria reivindica 14,78% de reajuste salarial, contratação de profissionais, fim do assédio moral e das metas abusivas. “Temos que ressaltar que a falta de contratações é um absurdo. Em Roraima, a Caixa Econômica, por exemplo, realizou um concurso há mais de um ano e ainda não convocou nenhum dos aprovados. Aqueles que conseguiram adentrar foram apossados por força judicial”, frisou.

Andrade pediu paciência e compreensão à população. “A luta é pelo benefício de todos nós. A contratação de mais profissionais, por exemplo, traz efeitos positivos ao atendimento aos clientes que não precisarão passar tanto tempo esperando em filas para serem atendidos. Temos que partir unidos para a luta, então, precisamos do apoio da sociedade para alcançar os nossos direitos”, declarou.

SERVIÇOS – Por lei, 30% dos serviços nas agências bancárias devem continuar. “As pessoas podem resolver alguns tramites bancários com o gerente da agência, pois alguns deles têm que estar na instituição para suprir os 30% do serviço, que conforme a legislação deve ser mantido mesmo que não haja atendimento na parte interna do órgão”, comentou Andrade.

Ele disse que o caixa eletrônico também realiza serviços básicos aos usuários. “Os caixas continuarão funcionando, ou seja, as pessoas podem fazer transferências bancárias, depósitos e saques, entre outros. Além disso, existem aplicativos como o internetbank, casas lotéricas e bancos expressos que facilitam a vida do cidadão”, complementou.

NEGOCIAÇÃO – Conforme o presidente, a contraproposta inicial da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) foi a de reajuste salarial à categoria de 6,5%. Segundo ele, a instituição também sinalizou que hoje, 9, apresentará uma nova proposta. “Esperamos que seja o suficiente para que possamos dialogar e buscar soluções”, afirmou.

Andrade destacou que o movimento grevista continuará enquanto não houver acordo. “Ou seja, não iremos parar de lutar até que seja apresentado algo que realmente compense para o trabalhador. O que queremos é negociar e finalizar a greve”. (B.B)