O Banco da Amazônia S.A (Basa) disponibilizou mais de R$ 15 milhões para Roraima, este ano, em recursos do Programa de Financiamento do Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Rural (FNO-Amazônia Sustentável), por meio de linha de crédito voltada a agricultores de pequeno, médio e grande porte.
Segundo o gerente-geral do Basa em Roraima, Liércio Soares, a oferta de crédito visa promover o desenvolvimento sustentável da região. “Os produtores podem investir em máquinas e equipamentos, custeio agrícola e custeio pecuário. A Amazônia Sustentável Rural atende desde o pequeno produtor até que tem mais condições”, disse.
Conforme ele, o programa já destinou R$ 2,1 bilhões para a região Amazônica, sendo R$ 36 milhões somente para os Estados do Amazonas e Roraima. “Nós temos crédito para reflorestamento e recuperação de áreas, incluindo o açaí. Na parte de investimento fazemos para máquinas e inversões físicas, como barracão, construção de açudes e armazéns, e o custeio agrícola e pecuário”, explicou.
O gerente informou que o banco trabalha com análise para analisar quanto será ofertado de crédito ao produtor. “O banco trabalha com análise de capacidade de pagamento, então usamos até 70% da capacidade da receita da propriedade que usa para definir um limite de crédito e se ele tiver capacidade de pagamento, dentro da propriedade estará apto a receber”, destacou.
De acordo com o porte do beneficiário, os juros variam de 6,5% a 8,5% ao ano. “Para quem fatura até R$ 16 milhões a taxa é de 7,5% ao ano, mas considerando o bônus de adimplência de 15% de desconto nos juros, ele chega a 6,5% ao ano, isso para investimento de até 12 anos com quatro de carência. Se for para o custeio, a taxa vai ser de 8,82% que, com bônus, vai ser de 7,5% ao ano”, informou o gerente.
Ele reforçou que produtores em situação de inadimplência, junto ao banco, não estão aptos a obter o crédito. “A inadimplência, hoje, ainda está maior na agricultura familiar, que é o microcrédito. O Banco Central renovou uma resolução para que os agricultores possam amortizar 10% das dívidas e prorrogar o restante em mais 10 anos. O pontapé inicial é o agricultor procurar a agência, que sempre vai oferecer uma nova negociação”, ressaltou.
Para obter o crédito, os produtores rurais de pequeno, médio e grande porte devem estar com a licença ambiental das propriedades em dia, com regularidade fundiária e documentação sem áreas embargadas, além de ter o nome aprovado junto aos cadastros de proteção ao crédito. (L.G.C)