INSTITUTO TRATA BRASIL

Boa Vista cai 12 posições em ranking de saneamento básico no Brasil

Conforme o ranking, em 2023, Boa Vista ocupou o 28º lugar; neste ano, assumiu a 40ª colocação.

Nenhuma capital da região Norte apareceu no ranking com os melhores índices (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)
Nenhuma capital da região Norte apareceu no ranking com os melhores índices (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

Em alusão ao Dia Mundial da Água, lembrado nesta sexta-feira (22), o Instituto Trata Brasil divulgou, nesta semana, dados que apontam a queda da capital roraimense no Ranking do Saneamento. O levantamento abrange os 100 municípios mais populosos do país.

O documento foi elaborado a partir de indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e tem dados de 2022 como referência. Conforme o ranking, em 2023, Boa Vista ocupou o 28º lugar. Neste ano, caiu 12 posições e assumiu a 40ª colocação.

De acordo com os dados, a capital indica:

  • Atendimento de água potável: 96,45% da população;
  • Atendimento de esgoto: 92,80% da população;
  • Esgoto tratado: 95,02% do total gerado;
  • Investimento de 2018 a 2022: R$ 219,98 milhões;
  • Perdas da distribuição: 53,24%.

A FolhaBV entrou em contato com a Companhia de Água e Esgotos de Roraima (Caer), que ainda não se manifestou sobre o assunto até a publicação da matéria.

Maringá (PR), São José do Rio Preto (SP) e Campinas (SP) são as cidades com melhor índice de saneamento básico. Nenhuma capital da região Norte apareceu no ranking das melhores, mas cinco cidades estão entre as 20 piores. Porto Velho ocupa a última colocação, seguida por Macapá. As outras três na lista são Rio Branco, Belém e Manaus.

Instituto Trata Brasil

O Instituto Trata Brasil (ITB) é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip)
que surgiu em 2007 com foco nos avanços do saneamento básico e na proteção dos recursos
hídricos do país.

O ITB produz estudos, pesquisas e projetos sociais visando conscientizar o cidadão comum do problema e, ao mesmo tempo, pressionar pela solução nos três níveis de governo. A proposta é que todos conheçam a realidade do acesso à água tratada, coleta e tratamento dos esgotos e busquem avanços mais
rápidos.

 A falta de acesso à água potável impacta cerca de 32 milhões de pessoas e cerca de 90 milhões de brasileiros não possuem acesso à coleta de esgoto, refletindo em problemas na saúde para a população que diariamente sofre, hospitalizada por doenças de veiculação hídrica.