Boa Vista e Pacaraima, as cidades de Roraima que mais concentram migrantes e refugiados que fogem da crise na Venezuela, somaram 4.665 cidadãos do país vizinho fora dos abrigos da Operação Acolhida em janeiro. O balanço é da Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Só no município que faz fronteira com a Venezuela, no mês passado, haviam 2.483 migrantes nessa situação (755 homens, 679 mulheres e 1.049 pessoas com menos de 18 anos), total que representa redução de 3% em relação a dezembro de 2021.
Desse universo, a ampla maioria ocupava espaços públicos (1.690), seguidos pelas ruas de Pacaraima (573) e as ocupações privadas (220).
Na capital Boa Vista, em janeiro, 2.182 migrantes e refugiados viviam fora do acolhimento do governo federal (800 homens, 605 mulheres e 777 pessoas com menos de 18 anos). O total aponta para uma redução de quase 12% de pessoas nessa situação, em relação ao mês anterior.
A maioria desses migrantes estavam no Posto de Recepção e Apoio (PRA) da Acolhida (935 pessoas), seguido por ocupações privadas (595), espaços públicos (394) e as ruas da capital (258).
Segundo a OIM, a pesquisa visa “conhecer e acompanhar a situação de refugiados e migrantes que permanecem fora dos abrigos reconhecidos pela Operação Acolhida em Roraima, operados por entidades públicas ou privadas, para gerar evidências para a tomada de decisões e respostas coordenadas em apoio a essa população”.
O estudo é divulgado mensalmente e os dados são obtidos por entrevistas e pesquisas feitas nos espaços, com participação da comunidade e de lideranças locais, sempre na última semana do mês. Os números são complementados por contagens diurnas e noturnas realizadas pela OIM com o apoio da Força Tarefa Logística Humanitária.