Principais portas de entrada para migrantes e refugiados venezuelanos no Brasil, Boa Vista e Pacaraima bateram recorde, em março de 2023, no número mensal de estrangeiros desabrigados desde o final de 2021. O levantamento é da OIM (Organização Internacional para as Migrações).
Boa Vista
No terceiro mês deste ano, a capital de Roraima registrou a existência de 2.499 venezuelanos fora dos abrigos da Operação Acolhida, do Exército Brasileiro. Em dezembro de 2021, o número era de 2.478, até então o maior da série histórica.
Em março, eram 1.047 migrantes e refugiados no PRA (Posto de Recepção e Apoio) – a área de acolhimento da Operação Acolhida que oferece pernoite e serviços -, 930 distribuídos em 14 ocupações espontâneas e 522 nas ruas boa-vistenses.
Pacaraima
A cidade que faz fronteira com a Venezuela registrou, em março passado, 2.541 estrangeiros do País vizinho fora dos abrigos da Operação Acolhida, maior quantitativo contabilizado desde dezembro de 2021, quando haviam 2.566. O recorde foi registrado em setembro daquele mesmo ano, quando o Município contabilizou 4.225 desabrigados.
A maioria dos desabrigados, em março, estavam nas 16 ocupações espontâneas (1.747), seguidas pelo PRA (550) e as ruas de Pacaraima (244).
Interiorização
Com a nova onda migratória, o número mensal de interiorizações também cresceu. Março terminou com o maior número desde a criação do programa federal, em abril de 2018, ao registrar 3.377 migrantes e refugiados interiorizados.
Em abril, quando completou cinco anos, o programa superou a marca de 100 mil beneficiários. Dos 102.476 deslocamentos, 97.671 foram de avião e 4.805, por via terrestre. Curitiba foi a cidade que mais recebeu migrantes e refugiados (6.542), seguida por Manaus (5.470), São Paulo (4.890), Chapecó (4.172) e Dourados-MS (3.790).