A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou hoje, 30, durante reunião pública, o reajuste tarifário da Boa Vista Energia S.A. (Eletrobras Distribuição Roraima). A empresa atende cerca de 165 mil unidades consumidoras localizadas em Roraima. O reajuste entrará em vigor a partir de 1º de novembro.
Ao calcular o reajuste, conforme estabelecido no contrato de concessão, a Agência considera a variação de custos associados à prestação do serviço.
O reajuste da Boa Vista foi impactado, principalmente, por dois itens: o custo de aquisição de energia, que respondeu por cerca de 18% do reajuste médio, e o diferimento de parte do reajuste que havia sido calculado para o ano anterior, com um efeito de cerca de 14% no aumento anunciado hoje.
O diretor da ANEEL Sandoval Feitosa, relator do processo, explicou que o acionamento das usinas térmicas em Roraima, em razão de desligamentos da linha de transmissão que vem da Venezuela, não impactou no reajuste.
“Não teve influência, as térmicas despachadas para compensar os desligamentos da Venezuela foram custeadas pela CCC, e isso é rateado entre todos os consumidores do país”, disse.
Segundo Sandoval, o aumento nos custos com a aquisição de energia reflete situações como a do risco hidrológico, que também afetam reajustes de empresas de outras regiões do país.
O efeito médio da alta tensão refere-se às classes A1 (>= 230 kV), A2 (de 88 a 138 kV), A3 (69 kV) e A4 (de 2,3 a 25 kV). Para a baixa tensão, a média engloba as classes B1 (Residencial e subclasse residencial baixa renda); B2 (Rural: subclasses, como agropecuária, cooperativa de eletrificação rural, indústria rural, serviço público de irrigação rural); B3 (Industrial, comercial, serviços e outras atividades, poder público, serviço público e consumo próprio); e B4 (Iluminação pública).
Mais informações sobre reajustes tarifários podem ser consultadas no endereço eletrônico www.aneel.gov.br, no link entendendo a tarifa.