Mesmo começando atrasado, o período chuvoso chegou forte em Boa Vista com registro recorde do volume de chuva. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em 30 dias choveu 406 mm, 26% acima do normal. A média esperada para o período era de 321mm. Foi o mês de maio mais chuvoso dos últimos oito anos, só perdendo para 2011.
Para a prefeita Teresa Surita, muito trabalho aconteceu em toda a cidade e isso contribuiu para amenizar transtornos até mesmo em períodos de chuva recorde, como o deste mês.
“Boa Vista é uma cidade plana, cercada pelo Rio Branco e cortada por sete igarapés. Esses fatores, somados ao volume das últimas chuvas, podem fazer com que o sistema de drenagem demore um pouco mais para escoar a água. Mas é inegável o quanto melhoramos. Fizemos drenagens, calçadas, pontes, fechamos 4 km de valas, todas obras estruturantes”, frisou a prefeita.
Chuva aumenta atendimentos por doenças respiratórias
No mês de maio, o Hospital da Criança Santo Antônio fez 10.342 atendimentos, sendo que 30% dos casos foram relacionados a doenças respiratórias. A capital também enfrenta as consequências da crise migratória na rede municipal de saúde, que fez aumentar a demanda no hospital e nas unidades básicas.
“O inverno também traz desafios para a saúde pública, que fica sobrecarregada nessa época do ano. A situação fica ainda mais delicada com a procura de atendimento pelos venezuelanos, intensificada depois que a fronteira reabriu. Mas estamos atendendo bem e com a situação sob controle”, disse o secretário municipal de Saúde, Cláudio Galvão.
A prefeitura prepara um seletivo para contratação de mais médicos para o Hospital da Criança, como manda a legislação, para atender a situação emergencial de maneira mais rápida. Um seletivo dura 40 dias, em média, enquanto um concurso público, quatro meses. Ainda assim, a atual gestão municipal vai fazer concurso para área da saúde neste ano. Em abril, foi entregue a obra do Bloco C do HCSA, que inclui urgência, emergência e a UTI.