Em seus 130 anos de história, a capital roraimense adotou pessoas de diversos lugares e fez com que se declarassem boa-vistenses de coração. Há pelo menos cinco anos, a cidade passou a receber também um número considerável de imigrantes venezuelanos, em fuga da crise econômica e política que vive o país vizinho.
Segundo dados da Operação Acolhida a pedido da FolhaBV, o número oficial destes estrangeiros ultrapassa 6,3 mil pessoas. Grande parte (4.772 venezuelanos) mora temporariamente em abrigos da força humanitária no município. O restante (1.563 imigrantes), vive em ocupações espontâneas.
Com relação ao número de pedidos de refúgio, os venezuelanos lideram a lista de estrangeiros, seguidos por haitianos, cubanos e chineses, de acordo com os relatórios no Portal de Imigrações do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Roraima, principal porta de entrada devido a fronteira com o país vizinho, está no topo dos estados que mais recebem estes pedidos. Em relação a cidades, Boa Vista perde apenas para Pacaraima.
Em 2015, a capital recebeu apenas 280 solicitações. Poucas, se comparadas aos 6.438 pedidos feitos em 2017. Este ano, somente em março foram 1.325. Enquanto em abril, após o fechamento das fronteiras devido a pandemia do novo Coronavírus, foram registrados apenas 10.