Cotidiano

Boa-vistenses homenageiam finados

Como a tradição manda, não só no domingo, mas durante todo o fim de semana, milhares de pessoas em Boa Vista homenagearam amigos e parentes falecidos

O Dia de Finados movimentou, durante este final de semana, os dois cemitérios de Boa Vista. Amigos e familiares iniciaram as homenagens aos entes queridos ainda no sábado, dia 1º de novembro, Dia de Todos os Santos, vésperas de Finados. No domingo, dia 02, o movimento foi mais intenso e missas em homenagem à data foram celebradas nos períodos da manhã e tarde. Os cemitérios Campo da Saudade e Nossa Senhora de Conceição permaneceram abertos para visita, das 6h às 17 horas.
No sábado, muitas pessoas se deslocaram para os dois cemitérios da Capital não só para antecipar a visita de finados, mas também para fazer reparos e limpeza dos jazigos em função da data. Uma dessas pessoas foi a professora Marineide Barbosa. “Nesta data, devemos homenagear os entes queridos que se foram. É um dia de saudades em que a gente se lembra dessas pessoas, é um momento de reflexão”, disse.
Ainda no sábado, o funcionário público Marcos Bandeira foi ao cemitério Nossa Senhora da Conceição para visitar o túmulo dos pais. Ele considera a data um dia de reflexão e oração. “Faço visitas ao cemitério porque a saudade nunca acaba. É uma obrigação prestarmos essa homenagem aos nossos entes queridos, temos que rezar por eles e ir à missa”, comentou.
No domingo, as visitas se intensificaram. Amigos e familiares prestaram homenagem aos entes queridos e participaram das missas em celebração à data. No cemitério Campo da Saudade, no Centenário, zona Oeste, a primeira foi realizada às 7 horas; a segunda, às 10 horas; e a última, às 17 horas. Já no cemitério Nossa Senhora da Conceição, no São Vicente, zona Leste, a cerimônia religiosa foi celebrada às 6h, às 9h e às 17 horas.
A assistente administrativa do Cemitério Campo da Saudade, Elciane Santos, informou que os portões permaneceram abertos das 6h às 17 horas. “Nas primeiras horas da manhã, as pessoas já vinham prestar homenagens. As portas permaneceram abertas até as 17 horas, horário em que foi celebrada a última missa”, disse. O mesmo horário foi praticado pelo Cemitério Nossa Senhora da Conceição.
A operadora de caixa Rose Gonçalves visita a sepultura do pai e do avô todos os anos no dia de Finados. “É importante a lembrança, a saudade fala mais alto. É um dia em que todos se reúnem e prestam homenagens às pessoas que um dia foram importantes em suas vidas. Todos os anos nesta data, eu visito o túmulo do meu pai e o do meu avô”, disse ao frisar que no decorrer do ano, visita o local para verificar a manutenção das sepulturas. (I.S)
Ambulantes aproveitam a data para fazer uma renda extra   O Dia de Finados, celebrado neste domingo, dia 02, para muitos é o momento de homenagear amigos e familiares. No entanto, para alguns comerciantes e ambulantes, é dia de adquirir uma renda extra. Em frente aos dois cemitérios da Capital, foram vendidos arranjos de flores, velas e artesanatos para enfeitar as sepulturas.
A dona de casa Maria do Socorro está desempregada há dois anos. Para garantir uma renda extra, ela, os filhos e esposo montam uma barraca em frente ao Cemitério Campo da Saudade todos os anos. “Há mais de dez anos que eu monto minha barraquinha aqui. Graças as Deus eu sempre consigo vender tudo. O dinheiro extra já serve para pagar alguma conta atrasada”, disse.
A dona de casa Maria Tereza também garante uma renda extra todos os anos no Dia de Finados. Ela e um grupo de amigas vendem flores e arranjos em frente ao cemitério Nossa Senhora da Conceição há mais de 40 anos. “Sempre dá para tirar uma renda. O ruim é que é só uma vez no ano, mas já ajuda muito”, contou.
As floriculturas aproveitam a data para aumentar as vendas também. Há dois anos, uma loja especializada monta uma barraca em frente ao cemitério Nossa Senhora da Conceição. “No Dia de Finados, as pessoas costumam comprar os arranjos e coroas de flores em frente ao cemitério, elas não costumam procurar as floriculturas. Para não perder essa clientela, decidimos montar uma barraca aqui também”, explicou o vendedor Francisco Silva. (I.S)