Cotidiano

Boa-vistenses lotam portos e Orla do Rio Branco para observar super lua

Praias e bares à beira do principal rio de Boa Vista também ficaram lotados por curiosos e amantes da astronomia

Boa-vistenses lotaram ontem à noite a Orla Taumanan, no Centro, portos fluviais e praias do Rio Branco para ver o fenômeno da super lua. O evento despertou a curiosidade em adultos, jovens e crianças. A super lua ainda aqueceu as vendas em bares e fez aumentar o movimento de barcos na travessia do rio.

O empresário do setor de turismo Sebastião Silva, mais conhecido como “Babazinho”, observou um ligeiro aumento nas vendas e na travessia de clientes para o outro lado do rio. “Não foi tão expressivo, mas a demanda aumentou um pouco hoje”, disse. Os barcos fizeram travessia até as 21h, que era a hora prevista para a lua estar em seu maior tamanho.

Na plataforma do bar fluvial do Babazinho, no bairro São Pedro, zona Leste, casais e amigos ocuparam várias mesas para apreciar o fenômeno. “É muito bonito e chega a ser até romântico assistir a super lua ao lado de quem a gente ama”, disse a acadêmica de Odontologia Mônica Santana, de 29 anos, ao lado do noivo.

Na Orla Taumanan, no Centro Histórico de Boa Vista, a movimentação foi intensa. Curiosos e até amantes da astronomia fizeram filas para olhar a super lua por telescópio. O Clube de Astronomia e Ciências de Roraima, que já conta com mais de 20 membros, disponibilizou dois aparelhos para que as pessoas observassem o fenômeno com mais precisão.

O acadêmico Thales Santos, de 24 anos, membro do clube, organizava a fila, regulava os telescópios e também tirava dúvidas dos curiosos a respeito da super lua. “Nossa proposta é promover a ciência astrofísica e incentivar as pessoas a se interessarem por esta área de conhecimento. Queremos fomentar a ciência em Roraima”, justificou.

FENÔMENO – O satélite não chegava tão perto assim desde 1948 e não voltará a fazê-lo até 2034. O fenômeno ocorre quando a lua cheia se situa a não mais de 10% do seu ponto mais próximo da Terra, no percurso da sua órbita (o perigeu). Isto acontece devido a órbita lunar ser elíptica e o seu centro não coincidir com o centro da Terra. Nos referidos casos, por estar mais próxima da Terra, apresenta-se maior e mais brilhante que o normal. (AJ)