Cotidiano

Bolsonaro não vai mais participar de campanha de rua

O presidenciável se recupera após o ataque ocorrido em Juiz de Fora, Minas Gerais

O candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro, não participará mais de campanha de rua de acordo com informações do PSL
(Partido Social Liberal). O presidenciável se recupera após o ataque ocorrido em Juiz de Fora, Minas Gerais. Ele também não irá participar de debates eleitorais com seus adversários.

As primeiras avaliações médicas indicam que o candidato deverá permanecer internado por pelo menos um mês.
De acordo com o partido, os compromissos do candidato serão assumidos por seu vice, general Mourão, e pelos filhos Eduardo e Carlos Bolsonaro. 

Um boletim médico foi divulgado pelo Hospital Albert Einstein  informando que Bolsonaro terá que passar por uma nova cirurgia para reconstruir o trânsito intestinal e retirar bolsa de colostomia. Ainda segundo o boletim, o candidato está fazendo fisioterapia, caminhadas e exercícios diários sem apresentar dor.

Atentado

O crime ocorreu na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais pelo autor Adélio Bispo de Oliveira, de 40 anos, natural de Minas Gerais, que desferiu um golpe de faca. O momento estava sendo filmado por diversos apoiadores que faziam uma passeata a favor do candidato. Adélio está preso no presídio federal de segurança máxima de Campo Grande (MS).

O acusado será defendido na justiça por Zanone Manoel de Oliveira Júnior, o advogado já defendeu outro cliente que ficou conhecido, em um caso polêmico.

O defensor do agressor de Bolsonaro ficou conhecido na mídia por defender na Justiça o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, condenado a 27 anos de prisão pelo assassinato, em 2010, da modelo Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro Bruno do Flamengo.

Repercussão

O atentado ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) gerou muitas informações desencontradas e teorias conspiratórias. Desde o momento da divulgação do atentado contra o candidato, as fake news (notícias falsas) começaram a se espalhar.

Um levantamento divulgado pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas (DAPP) da Fundação Getúlio Vargas apontou mais de 1,7 milhões de menções no Twitter sobre o assunto, sendo que cerca de 40% coloca em dúvida se o atentado realmente existiu ou trata-se de uma armação.

Logo após o ocorrido, diversas contas falsas do autor do crime foram criadas em redes sociais. O perfil oficial de Adélio no no Facebook já colecionava mais de 9,5 mil seguidores duas horas após ter sido preso.

O assunto foi o mais comentado no site em 12 países, da Argentina à Espanha, passando por Estados Unidos e Bahrein.