No início desta semana, após ligação de vizinhos, uma equipe do Corpo de Bombeiros foi deslocada para uma suposta ocorrência de incêndio em uma residência no Centro. Ao chegar ao local, porém, a equipe constatou que se tratava apenas de pessoas que estavam fazendo a queima de lixo residencial e que as chamas já haviam sido controladas.
Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros de Roraima, coronel Edvaldo Amaral, a prática de alarmes falsos por parte da população tem se tornado cada vez mais comum. “Nós somos muito solicitados para várias situações, mas muitas delas não se tratam exatamente daquilo que é passado. É uma espécie de trote que estamos sofrendo há bastante tempo”, disse.
Conforme ele, o acionamento de equipes para ocorrências desnecessárias tem causado prejuízo à Corporação. “Isso desgasta os equipamentos da corporação, além de desviar os bombeiros para ocorrências de menor importância. Quem estabelece prioridade sobre as ocorrências é o próprio bombeiro, de acordo com a gravidade, mas às vezes somos bombardeados com chamados equivocados que trazem prejuízo para a população e corporação”, afirmou.
O comandante explicou que as equipes têm solicitado mais informações sobre as ocorrências para tentar evitar os falsos alertas. “Não desprezamos nenhuma ligação, todas são bem-vindas e atendidas com a mesma responsabilidade, mas começamos a colher mais informações. A comunicação se torna mais intensa para descobrir o que realmente ocorre no local. Além disso, nós orientamos a guarnição por meio do rádio, que recebe as informações passo a passo do deslocamento que ela está indo”, destacou.
Ele pediu que a população tenha consciência ao solicitar os serviços do Corpo de Bombeiros. “Pedimos à população que entenda o trabalho do bombeiro, que é nobre e pode significar a vida ou a morte de alguém, ou salvamento e perda de um patrimônio. A conscientização da população é importante porque se consegue otimizar o trabalho, fazendo com que os bombeiros possam salvar vidas. É preciso que liguem e saibam exatamente do que se trata para que não haja nenhum tipo de desencontro de informação”, frisou. (L.G.C)