Cotidiano

BR-174 é bloqueada por manifestantes

Populares estão insatisfeitos com o estado das escolas indígenas na região do Surumú

Por volta das 06h da manhã de hoje, 26, a BR-174, no quilômetro 667, próximo à região do Surumú, no município de Pacaraima, foi bloqueada por manifestantes.

O principal motivo do protesto é a condição das escolas indígenas na localidade. Os manifestantes pretendem manter o fechamento total da rodovia por pelo menos 48h.

Conforme informações do agente Bernardes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a unidade já havia sido notificada do fechamento da rodovia antes mesmo de acontecer. No início da manhã, uma equipe seguiu até o local para tentar falar com os manifestantes.

“A gente foi convidado a conversar para intermediar a liberação da rodovia. Eles fizeram algumas exigências que vão ser passadas para a Superintendência, que entrará em contato com as autoridades competentes que podem resolver o que eles estão pedindo”, disse o agente. Segundo Bernardes, uma das exigências seria inclusive a presença da governadora Suely Campos no local.

Por outro lado, o Governo do Estado afirma que a pauta de reivindicação da categoria já vem sendo atendida pelo Executivo Estadual, “tendo inclusive as escolas da área já recebido material didático, aguardando apenas a chegada do material de expediente, que já foi adquirido”.

Conforme o Governo, a entrega do material deverá seguir um cronograma de distribuição, “que está sendo elaborado, devido às dificuldades de acesso nas unidades escolares, localizadas em área indígena”.

“Esclarecemos que ainda está pendente o atendimento apenas a reivindicação da criação do Departamento de Educação Indígena, que precisa passar por análise jurídica para seguir o trâmite legal exigido, as demais reivindicações já estão em processo de execução”, diz trecho da nota.

Sobre a participação dos professores indígenas na elaboração do PCCR, o Governo informou que produziu o documento considerando a participação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Roraima (Sinter), “visto que o magistério é um só”.