A data de 4 de janeiro assinala o nascimento de Loius Braille, o criador do sistema de leitura e de escrita Braille, que permite, por meio do toque facilitar a vida das pessoas invisuais e a sua integração na sociedade. “O método é essencial no aprendizado de uma criança cega, mas na rotina do deficiente visual ele vem perdendo espaço para a tecnologia” explicou a presidente da Associação dos Deficientes Visuais, Vera Sábio.
Servidora pública, Vera perdeu a visão aos 15 anos. De lá pra cá, aprendeu a utilizar o braille, mas explica que há muitos outros sistemas e aplicativos que vem sendo mais eficientes na vida do deficiente visual.
“Braile é fundamental para a alfabetização da criança cega”, diz Vera Sabio (Foto: Nilzete Franco / FolhaBV)
“O braille é um meio de comunicação para pessoas cegas, como está refletido no artigo 2 da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Ele é essencial no contexto da educação, liberdade de expressão e opinião, acesso à informação e comunicação escrita, bem como quanto à inclusão social de pessoas cegas. Mas as tecnologias que facilitam o acesso dos cegos ao conhecimento são os áudios descritivos” disse.
“O braile não irá acabar, por que ele é importante na educação, o deficiente visual precisa saber como as palavras são escritas e o braile auxilia dessa forma. Hoje eu pago as minhas contas, uso o cartão de crédito, tudo de forma digital. É preciso cuidar para que o desenvolvimento tecnológico não atrapalhe a alfabetização da pessoa com deficiência visual.” relatou.
Origem
O braille é uma representação tátil de símbolos alfabéticos e numéricos que utiliza seis pontos para representar cada letra e número, e até mesmo símbolos musicais, matemáticos e científicos.
Este sistema foi inventado por Louis Braille na primeira metade do século 19 e é utilizado por pessoas cegas e com deficiências visuais.
O seu uso permite a comunicação de informações importantes entre pessoas cegas ou com deficiências visuais, garantindo competência, independência e igualdade.