Cotidiano

Brasileiros detidos na Venezuela terão assistência jurídica

O caso será acompanhado pela Secretaria Extraordinária de Assuntos Internacionais

As famílias de brasileiros presos em Ciudad Bolívar, na Venezuela, assinaram um acordo com o Governo do Estado autorizando que a Secretaria Extraordinária de Assuntos Internacionais (Seai) possa intermediar o diálogo da família com as autoridades venezuelanas.

A secretária de Assuntos Internacionais, Verônica Caro, afirmou que o governo tem se empenhado para aliviar o sofrimento das famílias.“Vamos articular um advogado de nossa confiança que possa acompanhar o processo. Esperamos resolver o quanto antes o caso e vamos acompanhar de perto, pois não houve um delito considerado grave”, afirmou.

Os três jovens foram presos pela guarda venezuelana no dia 9 de setembro, quando tentavam abastecer o veículo em uma casa na cidade da Santa Helena de Uairén, na fronteira com o Brasil. Os três são acusados de crime ambiental: Cássio Gleisson da Silva, de 24 anos, Ana Cássia da Silva Oliveira, de 18 anos e Taysson da Silva Correia, de 22 anos, estão presos em Ciudad Bolívar.

Desde o corrido, as famílias lutam para a liberação dos brasileiros. Na tentativa da resolver o problema, chegaram a contratar um advogado no país vizinho, mas não obtiveram êxito. Os jovens mantém contato com familiares por telefone e pedem ajuda para as despesas com alimentação. “Agora nós vamos nos agarrar nessa esperança, vamos confiar no trabalho do governo para que os nossos filhos sejam soltos. Porque não temos ajuda de ninguém e não sabíamos como resolver. Agora é aguardar porque o nosso sofrimento é grande”, disse Marinês Luciano da Silva, mãe de Ana Cássia.

Verônica Caro aproveitou a oportunidade para fazer um alerta para os brasileiros que vão às compras no país vizinho: “É importante que os turistas abasteçam nos postos de combustíveis internacionais autorizados e busquem informações sobre os produtos com importação proibida, para evitar qualquer tipo de problema com a justiça venezuelana”, aconselhou.