Os brasileiros foram os estrangeiros mais impedidos de entrar em Portugal no ano passado pelas fronteiras aéreas, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2024. Ao todo foram registradas 1727 recusas de entrada em Portugal em postos de fronteira aérea.
De acordo com o documento, os brasileiros destacam-se com 1470 recusas de entrada (85%), seguido pelos cidadãos oriundos de Angola (274). No ano passado foi ainda recusada a entrada a 108 cidadãos do Reino Unido, 83 da Índia, 72 da Guiné-Bissau, 70 de Timor-Leste e 68 Senegal.
O principal motivo pela negativa é a falta de justificativa para entrar no país, segundo o relatório. O RASI indica que a ausência de motivos que justificassem a entrada (768) e a ausência de visto adequado ou visto caducado (352) constituíram os principais fundamentos da recusa de entrada no país.
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O relatório apontou ainda que no ano passado verificou-se nas fronteiras aéreas um aumento do número de voos controlados (+5,5%), em termos de movimento de entradas (+6,1%) e de saídas (+5,9%) em Portugal. Foram controlados 24.613.497 passageiros, correspondendo a uma subida de 7,9%, face a 2023.
Atualmente, segundo a legislação internacional, os brasileiros não precisam de visto para entrar em Portugal, em caso de estadia de até 90 dias. Basta apenas ter o passaporte válido e a autorização de viagem ETIAS (Sistema Europeu de Informação e Autorização e Viagens). Quem deseja ficar mais do que 90 dias precisa solicitar um visto de permanência no país, dependendo do tipo de viagem, como trabalho ou estudo.
