Brigadistas do município de Uiramutã, procuraram a Folha para denunciar que estão sem receber a alimentação fornecida pelo Governo do Estado há quase três meses. A responsabilidade pelo fornecimento é da Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh), mas, segundo os denunciantes, o envio foi interrompido desde a troca de presidente na fundação, ocorrida em 29 de agosto.
Segundo relatos, a situação tem causado dificuldades financeiras aos brigadistas, que, sem os mantimentos, acabam dependendo da ajuda de amigos. “Tem gente que almoça e janta em casas de conhecidos”, relatou um dos denunciantes.
O brigadista relatou ainda que, diante da situação, pediram apoio também à Prefeitura de Uiramutã, que providenciou alguns mantimentos. “Pedimos ajuda da prefeitura, que nos ajudou com mantimentos. Falamos com o governo, que disse que ia enviar, mas até agora nada”.
Outro lado
A reportagem entrou em contato com a Femarh, que enviou a seguinte nota:
“A Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos esclarece que a alegação não procede. Após tomar ciência das informações veiculadas, a Femarh entrou em contato com a Defesa Civil, que executa a logística e a distribuição dos alimentos, para verificar o suposto desabastecimento alegado no município de Uiramutã. Em resposta, o órgão assegurou a inexistência de qualquer interrupção no fornecimento de alimentos.
A Fundação possui contrato formal devidamente estruturado e rigorosamente cumprido destinado à aquisição de gêneros alimentícios específicos para os brigadistas que se encontram sob sua responsabilidade. A gestão operacional dos itens é feita pela Defesa Civil.
Adicionalmente, a Defesa Civil designou, ainda, um representante para comparecer à base dos brigadistas no município para verificar pessoalmente a situação. Como comprovado em documentação fotográfica, os brigadistas encontram-se devidamente abastecidos.
A Femarh informa que o fornecimento de alimentos segue uma logística definida pela Defesa Civil, com base na média de 229 brigadistas organizados em escalas de serviço de 12 ou 24 horas por dia, respeitando as normas de carga horária estabelecidas contratualmente. O cálculo das provisões diárias visa atender aproximadamente 90 brigadistas, sendo estas provisões previstas para cobrir um período total de 90 dias.
A Femarh confirma que uma ordem de serviço foi emitida para garantir a entrega dos alimentos, tendo a mesma ocorrido no dia 3 de outubro de 2024″.