Cotidiano

Butantan afirma que precisa de tempo para adquirir imunidade

Em Roraima, há exemplos de pessoas, inclusive profissionais da área de saúde, que tomaram as duas doses da vacina CoronaVac, produzida pelo Butantam, e foram infectadas  

O primeiro passo para o fim da pandemia do coronavírus seriam as vacinas, mas a imunidade não começa logo em seguida, após tomar a segunda dose do imunizante. 

Em Roraima, há exemplos de pessoas, inclusive profissionais da área de saúde que estavam atuando na linha de frente contra o coronavírus, que tomaram as duas doses da vacina CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantam, e foram infectadas pelo vírus. 

Sobre essa questão, de pessoas terem tomado a primeira e segunda doses da vacina e se infectarem, a reportagem entrou em contato com o Instituto Butantan que, por meio de nota, esclareceu que “Fica claro que, caso uma pessoa tenha covid-19 logo após se imunizar, não significa que a vacina não funcionou, mas que seu sistema imunológico ainda não teve tempo para criar a resposta imune”.

O Instituto explicou ainda que a vacina do Butantan contra a covid-19 é segura e eficaz, sendo indicada para indivíduos acima de 18 anos, com o objetivo de prevenir o agravamento de infecções pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). 

“A resposta imune (proteção) requer a aplicação de duas doses no intervalo previsto em bula (de 14 a 28 dias) e não representa uma “barreira” para a infecção, sendo, portanto, essencial manter os protocolos não farmacológicos de prevenção, como distanciamento social, uso de máscaras e higienização”, disse em nota enviada à FolhaBV

O Butantan afirmou que se necessita de algumas semanas para que seja obtida uma resposta imune (proteção) adequada após as duas doses. “Algumas pessoas podem ainda desenvolver a doença mesmo tendo sido vacinadas, mas isso é exceção à regra”, esclareceu.

Explicou também que a eficácia e a segurança da vacina do Butantan foram comprovadas por meio de testes clínicos de fase 3, realizados com 12,5 mil voluntários em 16 centros de pesquisa brasileiros, e pela Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária), órgão regulador nacional que autorizou o uso emergencial do imunizante.

“É fundamental que a população siga se vacinando conforme a disponibilidade do imunizante na rede pública de saúde e os esquemas vacinais adotados pelos gestores”, ressaltou o Instituto em nota.

PREVENÇÃO – O Instituto Butantan disse que o imunizante previne de complicações provocadas pela Covid, atuando de forma similar à vacina contra o vírus Influenza, que protege contra as complicações da gripe, e explicou ainda que a vacina é feita a partir do vírus inativado, proporcionando resposta imune sem causar a doença.