A Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer) está acionando a Justiça para cobrar os maiores consumidores inadimplentes da empresa. Juntos, os dez maiores devedores chegam a aproximadamente 1,5 milhão em dívidas. A maioria está há mais de 15 anos sem pagar a conta de água.
À Folha, o diretor Comercial e do Interior da Caer, Cícero Batista, disse que inicialmente estão sendo acionados na Justiça os dez maiores devedores. Destes, apenas dois são de pessoa jurídica (empresas) e oito pessoas físicas, sendo dois consumidores do interior e seis da Capital.
Conforme levantamento juntado na ação judicial, dois consumidores estão inadimplentes desde o ano de 2003. Os demais estão sem saldar as dívidas com a Caer desde os anos de 2005, 2006, 2007, 2012 e 2015. A maior dívida de consumo está totalizada em R$ 254.364.33, sendo que esta dívida está acumulada desde 2015. A menor dívida soma R$ 101.401,62 e está acumulada desde o ano de 2006. A dívida destes dez devedores totaliza R$ 1.420.631,70.
Cícero Batista disse que estes valores estão sendo cobrados judicialmente uma vez que se esgotaram todas as formas de negociação, incluindo a Campanha Cliente Padrão, realizada pela companhia no início do ano para diminuir o índice de inadimplência.
“São usuários que já tiveram a oportunidade de saldar suas dívidas por meio de programas que já fizemos de busca de recuperação de créditos e não tivemos sucesso, embora tenhamos oferecido parcelamento em até 60 vezes sem juros e com entrada variando de 10 a 30%. Estes usuários estão sendo acionados na Justiça porque não fizeram adesão à campanha e nem apresentaram propostas para saldar as dívidas”, disse.
O diretor informou que os processos já estão formalizados e que será dada entrada esta semana na Justiça de Roraima.
“Escolhemos, neste primeiro momento, ajuizar ações contra os dez maiores devedores da companhia, mas a intenção é continuar com processos de outros devedores que não aderiram aos nossos programas de negociação”, disse.
Quanto à continuidade, ou não, do fornecimento de água por parte da companhia para os devedores, Cícero Batista afirmou que a Caer fez o procedimento padrão da empresa e fez o corte, mas que foi religada.
“Em algum momento estes devedores tiveram seu fornecimento suspenso, mas por algum meio, já que não se informa da necessidade da religação ou que se buscou outros meios de religar, e a Caer, por alguma deficiência, não buscou ainda suspender o fornecimento na rede desse usuário, evitando assim que ele faça religação clandestina”, ressaltou. (R.R)