A Síntese de Indicadores Sociais aponta que o índice de pobreza em Roraima caiu de 34,5%, em 2017, para 32,6% em 2018. Apesar disso, o IBGE não acredita que esta mudança seja significativa.
“A partir de 2015, com a crise econômica e política e a redução do mercado de trabalho, os percentuais de pobreza passaram a subir no Brasil com pequena queda em 2018, que não chega a ser uma mudança de tendência”, avalia o analista do IBGE Pedro Rocha de Moraes.
Em todo o estado de Roraima, 32,6% da população se encontra abaixo da linha da pobreza, segundo a pesquisa realizada em 2018 e divulgada nesta quarta-feira, dia 6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com população estimada no ano passado em 513 mil pessoas, isso significa que praticamente um em cada três roraimenses viveu com menos de R$ 420 por mês – menos da metade do salário mínimo vigente na época, que era de R$ 954.
Pelos critérios do Banco Mundial, são considerados abaixo da linha da pobreza aqueles que vivem com menos de R$ 420 mensais, que equivalem a US$ 5,50 por dia.
O gerente do estudo do IBGE, André Simões, ressalta que são necessárias políticas públicas para combater essa realidade, pois a pobreza atinge um grupo mais vulnerável e com menos condições de ingressar no mercado de trabalho.
“Esse grupo necessita de cuidados maiores que seriam, por exemplo, políticas públicas de transferência de renda e de dinamização do mercado de trabalho. É fundamental que as pessoas tenham acesso aos programas sociais e que tenham condições de se inserir no mercado de trabalho para terem acesso a uma renda que as tirem dessa situação”, reforçou Simões.