Cotidiano

Calendário de Vacinação tem mudanças neste ano

Além de não ser mais necessária a terceira dose da vacina de HPV, constam alterações em doses de reforço para vacinas infantis contra meningite e pneumonia e no esquema vacinal da poliomielite

O Ministério da Saúde anunciou mudanças no Calendário de Vacinação deste ano e as unidades básicas de Boa Vista já estão atualizadas. Entre as alterações, estão as doses de reforço para vacinas infantis contra meningite e pneumonia, mudanças no esquema vacinal da poliomielite e no número e doses da vacina de HPV. O calendário começou a valer a partir da segunda-feira (04).

Uma das principais mudanças é na vacina papiloma vírus humano (HPV). O esquema passa para duas doses. A menina deve receber a segunda dose seis meses após a primeira, sem a necessidade da terceira. Os estudos recentes mostram que o esquema com duas doses apresenta uma resposta de anticorpos em meninas saudáveis de 9 a 14 anos não inferior quando comparada com a resposta imune de mulheres de 15 a 25 anos que receberam três doses. Porém, as mulheres que vivem com HIV entre 9 a 26 anos devem continuar recebendo o esquema de três doses.

PNEUMONIA

Para os bebês, será reduzido a dose na vacina pneumocócica 10 valente para pneumonia, que a partir de agora será aplicada em duas doses, aos 2 e 4 meses, seguida de reforço preferencialmente aos 12 meses, que poderá ser tomado até os 4 anos. Essa recomendação foi tomada em virtude dos estudos mostrarem que o esquema de duas doses mais um reforço tem a mesma efetividade do esquema de três doses mais um reforço.

PÓLIO

A terceira dose da vacina contra poliomielite, aos seis meses, deixa de ser oral e passa a ser injetável. A mudança é uma nova etapa para o uso exclusivo da vacina inativada (injetável) na prevenção contra a paralisia infantil. A partir de agora, a criança recebe as três primeiras doses do esquema – aos dois,  quatro e seis meses de vida – com a vacina inativada poliomielite (VIP), de forma injetável. Já a vacina oral poliomielite (VOP) continuará como reforço aos 15 meses, quatro anos e anualmente durante a campanha nacional, para crianças de um a quatro anos.

Também haverá mudança da vacina meningocócica C (conjugada), que protege as crianças contra  meningite causada pelo meningococo C. O reforço, que anteriormente era aplicado aos 15 meses, passa a ser aplicado aos 12 meses, podendo ser feito até os 4 anos. As primeiras doses da meningocócica continuam para os 3 e 5 meses.

“Essas mudanças são rotineiras. O Calendário Nacional de Vacinação tem mudanças periódicas em função de diferentes contextos. Sempre que temos uma mudança na situação epidemiológica, mudanças nas indicações das vacinas ou incorporação de novas vacinas fazemos modificações no calendário”, explicou o secretario de Vigilância em Saúde, Antônio Nardi. 

Com informações do Portal da Saúde.