Cotidiano

Calor obriga roraimense a se precaver para evitar doenças

Além do protetor solar tradicional, existem outras opções. Uma delas é uma fórmula com pigmentação que se chama óxido de titânio

FABRÍCIO ARAÚJO

Com o período seco e a temperatura local batendo recorde, as pessoas precisam tomar um pouco mais de cuidado para se proteger dos raios solares. Além do forte calor, o sol também causa manchas, como as de queratose, e o câncer de pele, que é o tipo mais comum da doença.

O protetor solar é uma ferramenta suficiente para a proteção, mas é preciso ficar atento aos detalhes do rótulo. Eles vão do fator 15 ao 50, embora existam outros que apresentam um número maior. A dermatologista Ana Paula Vitti explicou que todos que possuem a indicação igual ou superior a “50+” tem o mesmo efeito de proteção.

“De uns anos para cá, o roraimense está mais preocupado devido ao alto índice de câncer de pele. Em quase todas as famílias há relatos de casos e ou problemas com manchas de queratose. Até mesmo lúpus se dá muito por causa do sol. Então, as pessoas estão usando mais o protetor solar do que antes e não estão se expondo ao sol em horas de pico, que corresponde ao período das 11h até as 16h”, disse a dermatologista.

Além do protetor solar tradicional, existem outras opções. Uma delas é uma fórmula com pigmentação que se chama óxido de titânio e pode ser desde bege claro até cores para a pele negra. Estes realmente são mais eficientes que o protetor comum, podendo oferecer até o dobro de proteção.

“É a proteção que chamamos de física. É como se estivesse com um pó de arroz, com maquiagem, com um boné ou embaixo de uma árvore. E a proteção é isso, quanto mais coisa em cima da pele, melhor”, comparou Ana Paula.

Existem também protetores solares via oral. Todos os nossos órgãos têm floras naturais que ajudam a nos proteger e a pele não fica de fora.  Há um probiótico para a pele que é o polipódio leucotomos que se toma todos os dias. A pele fica protegida de dentro para fora porque fortalece a flora probiótica.

A dermatologista afirmou que o aumento de temperatura e os desastres naturais são realidade para a qual não podemos virar as costas devido ao aquecimento global.

Em Roraima, o calor torna o ambiente propício para bactérias e por isso é comum que as pessoas tenham algum quadro de doença infecciosa e até mesmo micoses profundas.

“Eu peço que se tenha muito cuidado com as crianças e hidrate muito. A água é um grande protetor da saúde humana. Tomem água e da boa, porque isso ajuda a levantar as defesas, e comam muitas coisas leves, como frutas, verduras e peixes”, indicou a dermatologista.