Cotidiano

‘Caminhada pela paz’ em Boa Vista pede fim da violência contra a mulher

Ação integra campanha de “21 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”

Órgãos da rede de proteção à mulher vítima de violência, realizaram nesta terça-feira (6) a “Caminhada pela Paz”, no bairro Pintolândia, em Boa Vista. 

O evento integra a programação da campanha de 21 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher. O ponto de encontro foi a base do 2º Batalhão da Polícia Militar.

A promotora de Justiça de Defesa da Mulher do Ministério Público, Lucimara Campaner, explicou que o dia 6 de dezembro foi escolhido por ser a data do “laço branco”, quando os homens se unem pelo fim da violência contra a mulher.

“Essa data vem se somar a caminhada pela paz que é um ato cívico, simbolizando que homens e mulheres não aceitam mais a violência e casos graves contra as mulheres que vem ocorrendo. E também, ao final, nós temos outras simbologias, outros momentos cívicos a exemplo de plantar mudas de planta e doar mudas para fazer nascer a paz e também florescer a paz em toda Boa Vista”, explicou a promotora.

A Patrulha Maria da Penha, programa da Guarda Municipal de Boa Vista, também integra a rede de proteção local. A guarda 1ª classe e integrante da Patrulha, Gizele França, afirma que o combate a violência contra a mulher tem se fortalecido nos últimos anos.

“A Patrulha foi criada em 2015, então, antes disso, as mulheres que recebiam a medida protetiva, saíam apenas com papel, que inclusive, os infratores rasgavam e isso não gerava segurança para elas. Em Boa Vista, a rede [de proteção] está crescendo e é o que precisamos. Os órgãos precisam se unir”, disse.

A titular da Defensoria Especializada de Promoção e de Defesa dos Direitos da Mulher, defensora Terezinha Muniz, explicou que esta campanha é importante para ampliar a rede de proteção e a adesão da sociedade.

“A caminhada começou com muita gente que não compõe a rede e muitos membros da sociedade em geral. Eu acho que a gente precisa ampliar essa essa vontade de fazer. Tirar do âmbito estatal e trazer para as entidades privadas, sociedade em geral, porque caso contrário a gente não avança na promoção, prevenção e proteção da mulher”, salientou.