O caminhoneiro Renato Peres reclamou da “demora” na conclusão das obras de recuperação da BR-174 e dos buracos na rodovia, no trecho entre Boa Vista e Pacaraima, no Norte de Roraima.
“Estão mexendo na pista por volta de dois anos e nunca terminam. E agora vai começar inverno, no mês que vem, e a situação fica critica”, declarou à FolhaBV.
Dono de um caminhão de seis eixos, Peres transporta regularmente gêneros alimentícios para a Venezuela, como açúcar, trigo, refrigerante e óleo de soja. Ele relatou os trabalhos de recuperação em andamento em trechos como o que fica próximo a um local chamado Oásis, no quilômetro 542.
“Até o Oásis [trabalhadores do DNIT, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes], deram uma arrumada. Do Oásis até o rio Uraricoera [km 584], tem buraqueira demais. E do Uraricoera até na Boca da Mata, comunidade indígena (20km distante de Pacaraima), tá bom de andar, mas tem buraco também, mas dá pra andar. Agora da Boca da Mata, onde eles estão mexendo, até na subida da serra, em Pacaraima, está horrível”, disse.
Da Boca da Mata em diante, segundo Peres, o risco é maior, pois é onde existem os trechos de subida na rodovia que passam, atualmente, por trabalhos de manutenção da pista, a qual tem ficado lisa por causa das recentes chuvas. Tal situação coloca os motoristas em risco, conforme ele.
Renato Peres contou que precisa gastar em torno de R$ 3 mil mensais com a manutenção de sua carreta, devido aos transtornos provocados pelas obras e pelos buracos na rodovia. “O que dá mais prejuízo pra nós é o pneu e a suspensão, porque ela vem batendo, por mais que eu tenha cuidado na pista”, relatou.
A FolhaBV tentou contato com o superintendente do DNIT em Roraima, Marcelo Geber, mas a ligação cai na caixa postal.