Cotidiano

Campanha é lançada contra o Aedes aegypti

Campanha educativa nas escolas municipais e estaduais seguirá junto com as ações de combate ao mosquito que já vinham sendo realizadas

O Governo do Estado convocou os prefeitos e secretários de Saúde de todos os municípios para discutir medidas para intensificar as ações de mobilização e combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor do zika vírus, dengue e febre chikungunya. Durante a reunião nesta quarta-feira, no Palácio Senador Hélio Campos, foi lançada a campanha “Não Crie Mosquito”, que será realizada nas escolas municipais e estaduais.

De acordo com a governadora Suely Campos (PP), o momento é de unir forças para cumprir a agenda de visitas dos agentes de endemias. “A situação é preocupante, pois o zika vírus se tornou uma questão nacional. O que pretendemos é que todas as casas sejam visitadas pelos agentes de combate ao mosquito Aedes aegypti, para que possamos cada vez mais diminuir os riscos à população roraimense”, disse.

Sobre a campanha, ela afirmou que é uma forma de ajudar e conscientizar a população. “Quando ensinamos as crianças a tomar cuidados dentro de sua residência, como deixar garrafas viradas para baixo, por exemplo, elas acabam influenciando os pais e nos ajudando a combater a proliferação dos mosquitos”.

O prefeito de Mucajaí, Josué Matos, afirmou que a situação é alarmante. “É importante conscientizar toda a comunidade, principalmente por meio das escolas, como foi proposto na campanha do governo. Por isso, acredito que essa ação vai ajudar a intensificar, de forma coletiva, o combate ao mosquito, evitando doenças que colocam nossa saúde em risco”.

A coordenadora da Vigilância em Saúde de Roraima, Daniela Souza, afirmou que os municípios têm dificuldade em encaminhar dados de visitações dos agentes de endemias às residências. “Para evitar esse problema, haverá capacitação de todos os agentes para mostrar o novo método de preenchimento da ficha de controle. Após o término do relatório, o documento deverá ser encaminhado imediatamente ao Governo do Estado, via e-mail, e depois repassado ao Ministério da Saúde”, informou.

Essa é uma nova determinação do Governo Federal. “Antigamente, a meta de visitas a domicílio exigida pelo Ministério da Saúde era de 80%. Atualmente é de 100%. Ou seja, não importa se o local está fechado ou abandonado, os agentes devem fazer o seu trabalho a qualquer custo”, frisou Daniela.

Segundo ela, para conseguir alcançar essa meta é necessária a união de todas as prefeituras. “Esse modelo de controle vai facilitar o monitoramento do Governo Federal, dando uma ideia do número de casas abandonadas. Portanto, pode ser um caminho para a desburocratização da entrada dos agentes nesses locais fechados ou abandonados”. (B.B)