Em entrevista ao programa Agenda da Semana, da Rádio Folha AM 1020, neste domingo, dia 25, as candidatas à reitoria da Universidade Federal de Roraima (UFRR), professoras Geyza Pimentel (Chapa 11), Nilza Araújo (Chapa 13) e Vânia Kowalczuk (Chapa 14) concordaram em um ponto: a instituição precisa de mais diálogo interno e com todas as esferas do poder Executivo para que possa crescer a ajudar, a desenvolver tanto o Estado quanto os municípios.
A candidata da chapa 14, Vânia Kowalczuk, afirma que um dos principais erros da atual gestão da UFRR é não manter um diálogo com os setores e departamentos. “Isso é um grande nó na Universidade nas últimas três gestões, principalmente depois do programa Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni)”, disse.
Vânia destacou que os recursos que possibilitaram o crescimento da instituição não foram bem utilizados. “Vimos toda essa verba ser mal utilizada para o benefício de algumas pessoas em detrimento de outras. A reitoria se fechou no seu espaço e afastou-se das pessoas e não consultou cada setor antes de implementar as melhorias”, pontuou.
Ela frisou que a falta de diálogo acarretou prejuízos. “Durante uma de nossas visitas aos diversos setores, encontrei um professor de um curso que tinha acabado de receber um laboratório novo, mas estava impossibilitado de utilizá-lo, pois não era adequado. Se a coordenação do curso tivesse sido consultada antes, isso não teria acontecido. Como vamos fazer uma reforma neste prédio se ele acabou de ser construído?”, indagou.
Vânia frisou que, caso eleita, as portas da reitoria estarão abertas para o diálogo. “Não podemos mais insistir neste erro, precisamos conversar com nossos alunos, técnicos, professores e demais pessoas que compõem a instituição, pois é ouvindo o povo que sabemos o que ele precisa”, destacou.
A candidata da chapa 11, Geyza Pimentel, afirmou que para o desenvolvimento da UFRR é necessário diálogo com governo, prefeitura e classe empresarial. “Não conversamos com estes setores para saber de que forma a universidade pode contribuir para o desenvolvimento de Roraima. Isso é preocupante, pois esse é um dos papéis da Universidade”, disse.
Geyza disse ainda que se houvesse diálogo entre estes setores, o mercado de trabalho estaria mais preparado para receber os recém-formados. “Hoje os nossos alunos estão indo atrás de oportunidades em outros estados, pois aqui não há. Eles estão sendo absorvidos por outros mercados”, frisou.
A candidata da chapa 11 frisou que neste momento de crise as universidades automaticamente irão sofrer com estes cortes. “Não podemos contar apenas com os repasses do Ministério da Educação. Temos que recorrer aos deputados federais e às emendas parlamentares. Temos projetos que podem ser financiados por este tipo de verba. Também podemos procurar outros ministérios, além do da Educação. Precisamos dialogar com todas as esferas”, destacou.
Candidata da chapa 13, Nilza Araújo afirmou que tem compromisso em melhorar a gestão. “Queremos implementar uma gestão que seja transparente, democrática e participativa. Para isso, precisamos de diálogo. É importante continuar promovendo o ensino, pesquisa, extensão e sempre buscar a excelência acadêmica com compromisso social”, pontuou.
Nilza lembrou que também é necessária a valorização do servidor, do aluno e do professor. “Temos que valorizar o desenvolvimento profissional promovendo capacitações. É necessária uma preocupação em promover valores humanísticos”, afirmou.
ELEIÇÕES – As eleições para a escolha do reitor que vai ficar à frente da UFRR de 2016 a 2020 será no dia 5 de novembro, nos locais e horários a serem divulgados em edital.
Podem votar todos os docentes e técnicos-administrativos em educação; todos os discentes do ensino básico, técnico e superior, maiores de 16 anos, regularmente matriculados; os estudantes do Colégio de Aplicação e da Escola Agrotécnica da UFRR, com 16 anos completos e matrícula ativa.
Não podem participar docentes e técnicos-administrativos em educação afastados por requisição, cessão ou para tratar de assuntos particulares, bem como os que estejam no exterior, professores substitutos, servidores terceirizados e servidores em cargos comissionados não pertencentes aos quadros da UFRR.
Também não podem participar da votação estudantes de graduação e pós-graduação que estejam oficialmente em missão no exterior, alunos do Programa de Mobilidade na UFRR e os dos cursos de extensão. (I.S)