Cotidiano

Cantor de banda roraimense debocha do caso ‘Boate Kiss’

O homem estava em apresentação na noite da última sexta (03) quando, ao lado de fogos de artifício, falou: “alô, Boate Kiss!”; Neste sábado (04), coletivo de amigos das vítimas repudiaram o ato

Um cantor, de 21 anos, debochou do caso Boate Kiss em apresentação com uma banda, na noite da última sexta (03), em um aniversário no bairro Caçari. O coletivo formado por amigos das vítimas do incêndio repudiou a ação do cantor e da banda nas redes sociais.

O cantor estava se apresentando em um aniversário, quando soltou a frase: “alô, Boate Kiss!”. O caso gerou ainda mais indignação devido o rapaz estar ao lado de um outro homem com uma pistola de fogos de artifício no palco. 

O momento foi filmado por convidados e divulgado nas redes sociais, até que chegou ao perfil do coletivo Kiss: que não se repita. Neste sábado (04), o perfil então compartilhou: “estamos recebendo e também sendo mencionados nesse vídeo que tripudia o que aconteceu na Boate Kiss”.

Na publicação seguinte, o perfil afirmou ter entrado em contato com o cantor, que alegou estar arrependido e pediu desculpa. “Que sirva de reflexão que, as vidas que foram perdidas e também as que sobreviveram, não possam ser um deboche. Nosso repúdio total à essa banda roraimense”, encerrou o caso.

No próprio perfil, o cantor reconheceu o erro dizendo que “de forma alguma a intenção foi essa, mas saiu no calor do momento! Declaro também que a banda em si, não tem culpa do erro que eu cometi. Meus sinceros pedidos de desculpas a todos!”.

Em manifestação também nas redes sociais, a aniversariante disse que não escutou na hora o ocorrido, mas que, depois de muitos vídeos compartilhados, entendeu o que foi dito pelo cantor. “Jamais concordaria com esse tipo de comentário. Nem eu e meus amigos, que estavam aniversariando comigo. A gente foi pego de surpresa”, afirmou em vídeo.

BOATE KISS
O caso da Boate Kiss foi um incêndio que vitimou 242 pessoas, em Santa Maria, Rio Grande do Sul, no dia 27 de janeiro de 2013. O incêndio ocorreu por uso de artefatos pirotécnicos e fogos em uma apresentação durante a noite. 

Depois de 10 anos, o caso foi anulado e ainda não possui culpados entre os quatro réus. Os familiares e amigos das vítimas continuam cobrando por justiça.