Em entrevista exclusiva a FolhaBV, sobre a contratação de médicos sem revalida ou sem registro no conselho da classe, o coordenador da Operação Acolhida, general Antônio Manoel de Barros, disse que essa esse contrato é uma situação de emergência.
“Estamos cumprindo a lei, tem uma decisão judicial nesse sentido. O Ministério Público, a Defensoria, OAB, entraram com uma ação para que esses médicos pudessem atuar, e tem uma decisão do desembargador Jefferson Fernandes sobre essa questão”, ressaltou general Barros.
Segundo ele, ficou estabelecido no protocolo da Acolhida que esses médicos teriam uma capacitação e avaliação.
“A capacitação desses profissionais é diferenciada, pois estamos falando em um trabalho de alta complexidade que se refere a pacientes com Covid-19, na Área de Cuidados”, explicou.
“Vamos ter profissionais médicos que estarão supervisionando todo esse atendimento entre médicos e pacientes. É uma segurança a mais com relação a isso”, complementou Barros.
CAPACITAÇÃO – O coordenador da Operação Acolhida informou que no dia 7 de junho a capacitação teve início.
“Iniciamos por meio do Hospital Sírio Libanês que foi chamado a colaborar, tendo em vista que a Universidade Federal de Roraima não capacitou esses médicos sem CRM, então a solução que a Acolhida teve foi buscar o apoio do Sírio Libanês para capacitá-los”, completou.
OUTRO LADO – A FolhaBV entrou em contato com a UFRR que, por meio de nota, informou que em uma reunião conjunta na APC, foi definido que os médicos sem CRM seriam capacitados pelo Hospital Sírio Libanês e que a UFRR continuaria a capacitação dos médicos e enfermeiros.
A nota acrescenta que todas as capacitações ministradas pela UFRR estão ocorrendo normalmente e que, até o momento, foram capacitados 90 médicos e 74 enfermeiros.
Informa ainda, também, em relação ao assunto em pauta, que a UFRR segue as legislações e determinações federais, definidas pelo Ministério da Educação e Ministério da Saúde.