Capital tem 44 bairros com alto risco de dengue

 Conforme o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), Boa Vista possui 44 bairros com alto risco de infestação pelo mosquito transmissor da dengue. Existem locais onde o índice pode ultrapassar o ideal, de 1%, chegando até a 3,8%. Ainda há o perigo de proliferação do Aedes albopictus, mosquito que transmite a febre chikungunya. 
O gerente do Núcleo de Febre Amarela e Dengue, Joel Lima, explicou que pelo fato de Boa Vista estar com o alto índice de infestação foi que a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) decretou o alerta epidemiológico. Ele disse que este ano o Estado já tem quatro casos confirmados de chikungunya. Ainda existem quatro casos graves de dengue e uma pessoa foi a óbito, porém, está sob investigação para confirmar se foi vítima da dengue ou não.
RISCO – O Estado de Roraima, por fazer fronteira com a Venezuela, tem maior risco de obter mais casos de febre chikungunya. Naquele país já foram confirmados mais de 300 casos da febre e quatro mil casos de dengue, com faixa etária mais atingida entre 0 e 12 anos. “Espero que a população nos ajude a baixar o risco de proliferação do mosquito para que não cheguemos à situação que Venezuela vive atualmente”, disse Joel Lima.
Os roraimenses necessitam ficar em alerta e fazer a limpeza dos terrenos de suas casas, retirando qualquer recipiente que contenha água parada, pondo areia nos pratos dos jarros de plantas, virando de cabeça para baixo as garrafas vazias, retirando pneus de carros ou colocando em lugar seco onde não pegue água da chuva.
Joel Lima afirmou que a população precisa fazer sua parte fazendo as atividades de prevenção. “Infelizmente, ainda não existe vacina para combater o vírus da dengue ou chikungunya. O carro fumacê consegue matar apenas 80% dos mosquitos, mas o foco deve ser a eliminação das larvas dele, isso é bem mais eficaz”, frisou.
AÇÃO – A partir do dia 7 de outubro, a Sesau realizará uma ação de combate ao mosquito da dengue juntamente com o Corpo Bombeiros, agentes de saúde, Defesa Civil e Polícia Militar, durante 22 dias. Após essa ação, continuarão as atividades de combate de rotina. Feito todo esse trabalho, haverá um novo LIRAa, que apontará quais as localidades que permanecem com alto risco de infestação e ainda quais zonas e bairros que mais precisam de prevenção e ações de ataque aos mosquitos. (T.C)