Cotidiano

Caravana leva atendimento especial às mulheres até o final deste mês

Serão oferecidos serviços de saúde, educação e justiça para a população que não tem acesso

Durante todo o mês de março, o Governo do Estado realizará ações voltadas para a valorização da mulher. Uma delas é o projeto Caravana da Mulher, de iniciativa da Secretaria de Trabalho e Bem Estar Social (Setrabes), que oferece serviços de saúde, educação e justiça para a população que não tem acesso, no interior do Estado.

A primeira ação ocorreu na sexta-feira, dia 10 de Março, em Alto Alegre, e realizou mais de quatro mil atendimentos. As demais ações estão previstas para ocorrer no dia 17 de março, em Boa Vista; dia 25, em Rorainópolis; e por último, dia 31, em Caracaraí.

Embora o fortalecimento das ações seja programado para acontecer no mês de março, a coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres da Setrabes, Maria Eva Barros, garante que as medidas de valorização das mulheres são uma das prioridades do governo Suely Campos. “Nós estamos cumprindo o nosso papel de Governo, de levar esses serviços para essas pessoas que não têm acesso, para aquelas mulheres que buscam ajuda. Levar o próprio especialista até ela para que realize uma consulta, oferecer o serviço da farmácia, onde ela pode pegar o medicamento e, caso não seja possível o atendimento lá, promover o encaminhamento adequado, se acaso necessitar”, explicou Maria Eva durante o programa Agenda da Semana, na Rádio Folha AM 1020, no domingo, 12.

Uma forma de colaborar com a valorização das mulheres, segundo Maria Eva, é com a oferta de cursos de capacitação profissional, com foco na geração de renda e também na revitalização da autoestima, que, por muitas vezes, pode estar abalada por conta dos abusos sofridos.

“Nós oferecemos cursos por meio da Setrabes em que trabalhamos a capacitação da autonomia da mulher. Direcionamos essas mulheres para o mercado de trabalho, onde elas poderão ter uma melhor oportunidade. Nós sabemos que muitas não conseguem se sustentar sozinhas ou sustentar a família e os filhos e, por isso, vivem neste ciclo de violência. Então, a Setrabes visa trabalhar isso. Fortalecer a mulher que há muito tempo vive aquela violência. Nós vamos buscar conversar, saber a história de cada uma. Queremos que ela seja feliz, independente se está casada, separada ou solteira. A mulher pode ser o que ela quiser, desde que seja realmente feliz”, ponderou Maria Eva.

FERRAMENTAS DE AUXÍLIO – Outras iniciativas que visam o auxílio às mulheres vítimas de violência, segundo a coordenadora, é a criação da Casa da Mulher Brasileira. Sobre a criação da Casa da Mulher Brasileira, Maria Eva informou que o prédio da unidade já está construído no bairro São Vicente, na Rua Uraricoera, aguardando apenas pelos equipamentos que serão fornecidos por meio de um convênio com o Governo Federal. “Enquanto estamos aguardando a chegada desses materiais, já estamos fazendo estudos com as representantes das instituições que vão fazer parte da Casa, para saber das necessidades de cada um e promover um melhor funcionamento da unidade”, explicou.

A coordenadora informou que serão ofertados nove serviços diferentes dentro da necessidade das mulheres que vivem com a violência. “O objetivo é dar um direcionamento para a vítima, sobre o olhar da Justiça, com atendimento psicológico, a oferta de cursos de capacitação e um trabalho voltado para a autonomia da mulher. Vamos contar com o apoio de instituições que atuam nessa área, como a Delegacia Especializada no Atendimento às Mulheres, Defensoria Pública, a Promotoria Pública e o Juizado. Também vamos ter serviços de saúde, um setor de transporte, o Ronda Maria da Penha, uma brinquedoteca com especialistas para cuidar dos filhos das vítimas e fazer atendimento também, se for necessário. A Casa será um local de acolhimento, com atendimento humanizado e brevemente será inaugurada”, revelou. (P.C)