Cotidiano

Carros antigos podem ter problema com aumento do etanol na gasolina

Veículos produzidos antes da década de 90 podem registrar alterações

O aumento de 2% do percentual de etanol anidro na gasolina pode causar problemas em veículos a gasolina produzidos antes da década de 90.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, Edson Orikassa, esses carros podem apresentar alterações em materiais de borracha, como mangueiras de combustíveis, além de plásticos e metais, que podem se oxidar com o etanol.

“Nos últimos anos, houve uma melhora grande desses materiais, mas pode ser que os veículos antigos ainda estejam sem a tecnologia para se proteger desse ataque”, disse.

Nesses casos, a recomendação é que, até a conclusão de todos os testes, a gasolina utilizada seja a do tipo Premium, que não sofrerá aumento do percentual de álcool na mistura, mas é mais cara, custando cerca de R$ 4 o litro.

Tanto os carros com carburador quanto os primeiros fabricados com injeção eletrônica podem sofrer as consequências do aumento do etanol na gasolina.

Outro problema são os carros importados com motor a gasolina. A maior parte dos veículos modernos é capaz de se adaptar à nova mistura, mas ainda não há estudos que comprovem o efeito da mudança na durabilidade desses carros

Nos carros com motor flex, que representaram cerca de 88% dos veículos novos licenciados no ano passado, a mudança não terá nenhum impacto

No entanto, pode haver um pequeno aumento no consumo de combustível, mas que será pouco sentido pelos motoristas.

Na quarta-feira, 4, ao anunciar a medida, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), informou que os testes de durabilidade, no caso de carros movidos exclusivamente a gasolina, ainda estão sendo feitos pela entidade e devem ser concluídos no fim do mês

A nova mistura, que passa a valer a partir de 16 de março, vai ser aplicada para a gasolina comum e a aditivada. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, os resultados dos testes feitos pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (Cenpes) da Petrobras não mostraram problemas técnicos para os veículos com o aumento da mistura.

Com informações da Agência Brasil