Cotidiano

Casa da Gestante ainda não tem data para ser inaugurada

Prevista para ser entregue em novembro, centro de acolhimento à gestante passa por um processo de pregão eletrônico para aquisição de mobília

Prevista para ser inaugurada no final de novembro, a Casa da Gestante, que fica em um anexo por trás do Banco de Leite do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth (HMINSN), ainda não tem data para ser entregue à população. A obra, que custou R$ 491 mil aos cofres públicos, foi finalizada, mas entraves processuais dificultam a abertura do centro de acolhimento.

Segundo o secretário-adjunto da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), César Penna, a Casa da Gestante foi encontrada com vários erros de execução, que tiveram de ser refeitos. “Quando nós assumimos a obra, encontramos uma série de irregularidades. A governadora [Suely Campos] tem o maior carinho e empenho em inaugurar essa obra”, disse.

Conforme ele, o Governo do Estado teve que abrir um pregão eletrônico para aquisição da mobília, pois o processo não contemplava itens básicos para o local. “O que aconteceu foi que quando visualizamos o que tinha para a mobília, tivemos que refazer todo o processo para que pudéssemos oferecer mais conforto, principalmente para as mães indígenas”, justificou.

O adjunto informou que o pregão, que vai contemplar toda a mobília e questão de infraestrutura da Casa da Gestante, irá ocorrer no dia 21 de dezembro. “Não havia nem fogão na lista anterior. Quando a gente trabalha com pregão eletrônico não dá para definir uma data. Está marcado para a próxima semana e, se tudo ocorrer bem, temos 30 dias para inaugurar”, afirmou.

De acordo com o secretário-adjunto, a Casa irá possuir pouco mais de 20 leitos de internação. A intenção é que o centro de acolhimento a gestantes desafogue os atendimentos na maternidade. “São para pacientes que vêm do interior e entram em trabalho de parto. Chegam aqui e têm que esperar um ou mais dias para que haja evolução no quadro”, comentou.

Penna informou que serão atendidas gestantes que vêm dos municípios do interior, principalmente indígenas. “São mães que passam por esse momento de fragilidade e não têm infraestrutura na Capital. Temos uma linha muito próxima do conselho indigenista, então estamos fazendo a adaptação das novas unidades para receber os indígenas”, destacou.

O secretário-adjunto anunciou que, após a inauguração da Casa da Gestante, o Governo do Estado deve realizar um projeto para reforma e ampliação da maternidade. “A maternidade foi inaugurada na década de 90 e nunca passou por melhorias. Com a diminuição nos atendimentos, poderemos reformá-la”, frisou.

ATENDIMENTOS – O local é um componente da Rede Cegonha e prevê cinco quartos com leitos, para atender aproximadamente 20 pacientes. Quando for inaugurado, o centro de acolhimento a gestantes atenderá mães que estão de alta e aguardando alta dos filhos na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), grávidas que ainda não entraram em trabalho de parto, e mães que ainda não estão seguras quanto aos cuidados com o bebê.

O início da obra foi em setembro de 2013 e a previsão inicial de entrega era três meses depois, dezembro de 2013. No ano passado, o Departamento de Engenharia da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) informou que o atraso aconteceu devido a pendências na documentação da empresa responsável pelos trabalhos.

A obra da Casa da Gestante é resultado de um convênio entre a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Governo do Estado de Roraima, e foi orçada em R$ 491.755,82, sendo que R$ 156.179,68 é da contrapartida do Governo do Estado.

Além de não ter sido concluída dentro do prazo, a obra ficou um tempo parada, mas foi reiniciada na segunda quinzena de janeiro de 2015. A empresa responsável pela construção é a Efran e, na época, pediu mais três meses para concluir os trabalhos, o que não aconteceu. (L.G.C)