Adriane Silva, de 49 anos é transplantada de pâncreas e rins desde 2008, e desde então faz acompanhamento no estado de São Paulo, três vezes ao ano, por meio do Tratamento Fora de Domicílio (TFD) da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).
A paciente procurou a FolhaBV para relatar que estaria encontrando dificuldades para prestar contas da última viagem realizada para o tratamento, no mês de fevereiro.
“Como a médica havia errado um número na solicitação de retorno, tivemos que pedir que ela mandasse o documento corrigido de forma digitalizada. No entanto, o TFD aqui não está aceitando, querem o papel, mas não temos como ir até São Paulo novamente para buscar esse documento, ou pedir para alguém nos mandar, seria um custo muito alto”, disse o marido de Adriane, Josemir Silva.
Ainda de acordo com Josemir, o setor estaria agindo de má vontade. “Eles sempre acham um jeito de dificultar a prestação de contas. O documento é original, só que está digitalizado. Quando é para eles pagarem nossas diárias, não se preocupam com normas ou lei, pois sempre pagam com dias de atraso”, acrescentou.
Em nota, a Sesau negou que o setor estaria agindo de má vontade. Confira a nota na íntegra:
A Secretaria de Saúde nega que a Coordenação Geral de Regulação, Avaliação e Controle estaria agindo com má vontade na resolução dos problemas relacionados à paciente Adriane Silva.
Ocorre que o Manual do Tratamento Fora Domicílio possui toda a Normativa para prestação de contas. O paciente tem que encaminhar, via e-mail, o Relatório de Contrarreferência/Alta para liberação de passagem aérea de retorno ao Estado, e a apresentação do documento original para prestação de contas, fato que não ocorreu com essa paciente.
Com relação a queixa de atraso do valor de custeio, a CGRAC informou que a paciente assinou documento onde tomava ciência de que o repasse seria efetuado fora do tempo estabelecido pela Secretaria.